O jornal Clarim mais uma vez reformula o seu formato, agora ao completar quinze anos de fundação em 2011. O tamanho standard circulou até a semana passada (edição 777) desde 2000, quando o jornal também adotou a impressão em cores e ainda lançou o site ClarimNet. Onze anos após essas iniciativas consideradas ousadas à época e que inclusive levaram à adoção do slogan “Modernizando o jornalismo araxaense”, o Clarim é renovado para continuar a acompanhar o tempo, estar devidamente inserido no veloz contexto da tecnologia da informação, atendendo os novos anseios do leitor.
O mais importante é saber ousar, mudar sem perder a identidade, a ética, a essência que conquistou tantos leitores no decorrer destes quinze anos e que dá sustentação ao veículo. Esse sério trabalho jornalístico tem como missão precípua contribuir para o desenvolvimento do contexto social de Araxá e região que à medida que evolui cria novas demandas.
No Brasil, o jornal impresso diante do avanço do online está reinventando a sua relação com o leitor, reacomodando-se no mercado. Um fenômeno que já aconteceu há mais de uma década no exterior, a exemplo do tradicional New York Times, dos EUA, que há muito tempo foi reduzido de standard para tablóide.
Com a melhoria do poder aquisitivo do brasileiro, outra característica atual da comunicação impressa são os jornais populares que há muito ultrapassaram em tiragem os veículos chamados tradicionais, porque alcançam um público diferente e em ascensão social. A nova proposta do Clarim não é apelativa como a dos populares, a mudança restringe-se ao formato que facilita a leitura, além de exigir maior síntese no conteúdo. Para alcançar o tempo é preciso mudar, mas para ultrapassá-lo, sempre é preciso idealizar.