O administrador Fabiano Cota afirma que não procede a informação de que o Aeroporto Municipal Romeu Zema não estava preparado para o movimento provocado por uma alternância de voos em razão do mau tempo em Uberaba e Uberlândia na noite desta quarta-feira, 3. Como não havia condições de pouso nas cidades vizinhas, Araxá recebeu os voos.
“Só o fato do nosso aeroporto ser alternativa para os voos de Uberlândia e Uberaba já é um ponto positivo para a nossa infraestrutura, porque a Trip Linhas Aéreas considerada a principal empresa aérea regional do país, que opera em mais de 80 localidades, não iria alternar seus voos e seus passageiros em um aeroporto despreparado”, afirma Cota. Segundo ele, existem mais de cinco aeroportos próximos ao Triângulo Mineiro, inclusive em cidades maiores que Araxá, que poderiam servir de alternativas para os vôos.
“E a pergunta é, por que Araxá? Simplesmente, Araxá está na frente em se tratando de infraestrutura aeroportuária. A administração municipal tem dado todo apoio e atenção, objetivando modernizar e adequar nosso aeroporto porque temos a visão que traz desenvolvimento e crescimento para a cidade e região”, afirma Cota. Ele acrescenta que várias melhorias foram realizadas no aeroporto nos últimos anos.
Segundo ele, é uma situação normal a lotação do saguão do aeroporto por causa da alternância. “Pode ocorrer em qualquer aeroporto, quando existem atrasos e cancelamentos de voos e ou quando recebe vôos alternados. Não houve nenhuma reclamação dos nossos usuários no tocante à estrutura do aeroporto, não podemos ampliá-lo baseado somente em eventos isolados. A capacidade de um aeroporto é avaliada no número de movimento e operações anual”, explica. Cota acrescenta que, com base nesses números, informa que a estrutura atual ainda comporta um aumento de demanda. “Ainda temos capacidade operacional disponível para atender o crescimento da aviação”, afirma.
Ele informa que a ampliação da sala de embarque e construção da de desembarque aguardam a realização do processo licitatório. “Estávamos aguardando aprovação e autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e, somente ontem (04/08/2011), recebemos o oficio do referido órgão nos autorizando fazer as modificações e ampliações, portanto, agora a licitação deve ocorrer em breve.” Ele ainda esclarece que a falta de combustível não está relacionada com o pernoite das aeronaves em Araxá.
“O referido pernoite foi devido ao mau tempo que prejudicou a operação do aeroporto de Uberaba e Uberlândia, que fez o nosso operar 24 horas. Nosso aeroporto ficou à disposição do tráfego aéreo da região a noite toda. As operações dos aeroportos do Triângulo Mineiro só foram restabelecidas às 6h da manhã do dia seguinte, onde as aeronaves seguiram sem nem precisarem ser reabastecidas de combustível. Porque conforme a regulamentação aeronáutica, toda aeronave de linha aérea regular deverá ter combustível para o aeroporto de destino, mais o aeroporto de alternativa e mais 45 minutos de voo”, esclarece. Segundo ele, todas as aeronaves que decolaram de Araxá após o mau tempo reportaram à Sala de Controle do aeroporto que estavam com mais de duas horas e meia de autonomia.
Cota diz que não procede a informação de que uma aeronave precisou decolar para Varginha para abastecimento, porque na Sala de Tráfego Aéreo não tem registrado nenhum plano de voo para esta localidade. Segundo ele, outro esclarecimento devido é sobre a falta de Geradores de Energia para Aeronaves (GPU), porque este equipamento não pertence ao aeroporto. “Portanto, é de responsabilidade da empresa aérea, inclusive o mesmo nem precisou ser utilizado nos voos que decolaram na manhã seguinte, porque as aeronaves deram partida por meios próprios.”
O administrador informa que o posto de combustível do aeroporto ainda não está pronto para operação. “Está faltando a parte de alarmes, contra-incêndio e o treinamento do pessoal. Informo ainda que o posto foi projetado para abastecer a maior aeronave que opera em nosso aeroporto que é o ATR 72, não apenas as pequenas aeronaves e particulares conforme consta na matéria”, esclarece.
