Anestesistas da Santa Casa voltam a trabalhar depois de 12 dias de greve

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   Depois de 12 dias em greve, os anestesistas que atendem na Santa Casa de Misericórdia de Araxá voltaram ao trabalho nesta quarta-feira, 13. A decisão de retornar às atividades foi tomada na terça-feira, 12, durante uma reunião da equipe médica com o diretor Administrativo e Financeiro do hospital, Adair da Silva, e a secretária municipal de Saúde, Patrícia Auxiliadora da Silva.
   Na oportunidade, os quatro anestesistas que compõem a equipe apresentaram todas as reivindicações que ainda serão analisadas pelo hospital e pela Prefeitura de Araxá. De acordo com Patrícia, funcionários da Secretaria de Saúde já começaram a entrar em contato com os pacientes que tiveram as cirurgias canceladas para reagendar uma nova data. De acordo com a direção da Santa Casa, em média três procedimentos deixaram de ser feitos por dia desde o início da greve, ou seja, 36.
   Uma das intervenções cirúrgicas canceladas foi a da dona de casa Silvandira Aparecida Ferreira, 31 anos, que precisava retirar o útero e o procedimento estava programado desde maio deste ano. Ela contou que quando a data da cirurgia finalmente chegou dirigiu-se ao hospital por volta das 5h30 e foi internada, tendo sido cumpridos todos os procedimentos preparatórios pré-cirúrgicos. Mas, por volta das 10h30, ela foi informada que o procedimento foi suspenso porque não havia anestesista. “Achei um desrespeito muito grande, minha cirurgia não é de urgência ou emergência, é programada, mas já estou com anemia, porque estou com sangramento contínuo há quase seis meses”, diz.
   Os anestesistas informaram que suspender os trabalhos eletivos (previamente agendados) foi uma maneira encontrada para forçar a negociação. Eles afirmam que em abril passado enviaram por meio de carta as reivindicações da equipe, mas não houve nenhum tipo de resposta do hospital ou da Secretaria Municipal de Saúde. A equipe ressalta que os casos de urgência e emergência que chegaram ao Pronto Atendimento Municipal (Pam) no período de paralisação foram atendidos. Dentre as reivindicações, os profissionais querem que os valores pagos pelos plantões e procedimentos de cirurgias eletivas sejam tabelados usando o parâmetro nacional de honorários médicos.

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