Araxá recebe voos que estavam sem condições de pouso em Uberaba e Uberlândia

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   Com o mau tempo registrado na noite desta quarta-feira, 3, o Aeroporto Romeu Zema de Araxá recebeu voos que não tiveram condições de pousar em Uberaba e Uberlândia. Mas mesmo sendo o terceiro aeroporto mais importante da região, estava despreparado para receber esse fluxo aereo imprevisto.   
   O estudante de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Thiago Leite, araxaense que tem especial interesse pela aviação, explica que o aeroporto local é uma das opções alternativas de muitos voos com destino a Uberlândia, onde há intenso tráfego aéreo. “Mas se mostrou despreparado e com condições de segurança e conforto deficientes para tal operação, que não é tão incomum”, acrescenta.
   Segundo ele, duas aeronaves (um ATR42-300 e um ATR72-500) tiveram que pernoitar em Araxá devido à falta de um posto de abastecimento com condições de abastecer aviões de médio porte, como os ATR’s que operam na cidade. Thiago ainda informa que devido à incapacidade do pátio e à falta de geradores de energia para aeronaves (Ground Power Unit que gera energia para a aeronave quando desligada e só existe um no aeroporto local) outra aeronave seguiu rumo à Varginha para abastecimento.
   Ele também aponta que o saguão do Aeroporto Romeu Zema ficou lotado de pessoas que tiveram que descer em Araxá, demonstrando que já é necessária uma ampliação urgente do terminal porque apresentou um crescimento de 150% no movimento de passageiros de 2010 para 2011.
   “Diante desta situação, se faz necessária uma cobrança da imprensa quanto à atual situação da licitação das obras de ampliação do saguão do aeroporto anunciada em fevereiro passado e da inauguração do posto de abastecimento, concluído em abril, que segundo relatos de funcionários do aeroporto não foi inaugurado até hoje por supostas birras políticas entre a administração municipal, do aeroporto e dos responsáveis pelo aeroclube. Que se apure também a real utilidade desse posto de abastecimento que com emprego maciço de dinheiro público, aparentemente servirá apenas para a utilização de aeronaves de pequeno porte de particulares e não à utilização das aeronaves de médio porte de empresas aéreas que aqui operam ou poderiam operar, as quais têm suas operações restritas devido a essa grave limitação do nosso aeroporto”, afirma Thiago que é leitor dos jornais Clarim, eletrônico e impresso.
    Segundo ele, uma ampliação da malha aérea, com uma estrutura adequada e demanda estável gera empregos, atrai renda e propicia bons negócios. “Precisamos olhar nosso aeroporto, mais até do que a duplicação da BR 262, como uma das prioridades em infraestrutura de transportes para a década no nosso município. Quando se fala que o CT (Centro de Treinamento) é o único ponto restante para pleitearmos ser sub-sede da Copa em 2014, nos esquecemos de detalhes às vezes muito sutis como esse, que revelam que ainda há muito o que ser feito”, afirma o leitor.

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