Banca examinadora não vai flexibilizar exame de direção

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   O índice de reprovação do exame de direção pela banca examinadora do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG) destinada ao fornecimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Araxá foi debatido no Fórum Comunitário realizado na Câmara Municipal nesta segunda-feira, 18. Enquanto em Uberaba, em média, o índice de aprovação é de 44%, em Araxá está entre 25% e 27%. Para os representantes dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) e candidatos à CNH, o percentual deixa a cidade em uma posição inferior em relação aos demais municípios do Estado.
    Já na abertura do debate, o delegado regional da Polícia Civil de Araxá, Heli Geraldo de Andrade, foi sabatinado pelo vereador Mateus Vaz de Resende (DEM) que convocou o encontro. Ele afirmou existirem denúncias por parte de candidatos quanto à postura adotada por um examinador da banca. “É necessário saber lidar com o candidato, que já chega para ser avaliado em um limite extremo de nervosismo”, disse o vereador.
    Os representantes dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) e candidatos à CNH acusaram a banca de adotar uma postura inflexível e intolerante em situações que, segundo eles, não interferem na segurança do trânsito. De acordo com Andressa Pereira Silva, diretora de CFC, a banca da cidade tem cobrado quase milimetricamente o alinhamento da roda dianteira e traseira do carro na hora da baliza. “Eu concordo que, muitas vezes, o aluno não está pronto para ir para o exame e o instrutor insiste para que ele faça mais aulas, mas por outro lado, há os que estão sim preparados e no exame acaba sendo reprovado por supérfluos”, afirma.
    De acordo com Márcio Donizette de Araújo, diretor de CFC, há disparidade de cobrança entre os examinadores que compõem a banca. Segundo ele, os instrutores que atuam nos CFCs de Araxá têm a mesma formação do que os que atuam em Uberaba, Uberlândia e Belo Horizonte. “Os examinadores, como servidor público, têm liberdade de ação, mas os candidatos têm o direito de serem bem tratados, de receberem um serviço adequado e eles querem ser avaliados pelas normas estabelecidas”, disse.
    De acordo com Mauro da Silveira Chaves, examinador da banca de Araxá, o índice de aprovação/reprovação de cada cidade está 20% relacionado aos examinadores, 20% aos CFC’s e 60% ao candidato. Segundo ele, a parcela que cabe ao examinador não se refere ao rigor aplicado no exame, mas à forma de conduzir o mesmo. “Existe uma pressão para flexibilização do exame, mas o que podemos fazer é tentar amenizar ao máximo o nervosismo do candidato”, afirma.

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