Colocação de mesas e cadeiras nas calçadas em discussão

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   A Câmara Municipal formou uma comissão especial para participar das discussões e definir medidas que disciplinem o uso dos passeios da cidade por bares e restaurantes. No último dia 30, vários proprietários procuraram o vereador César Romero (Garrado) depois que receberam uma notificação do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA) para que retirassem mesas e cadeiras das calçadas, conforme recomendação do Ministério Público (MP).   
   Para o vereador Garrado, faltou esclarecer e dialogar com os comerciantes antes do IPDSA determinar o cumprimento da recomendação. “Então, o instituto já foi notificando e proibindo o uso das cadeiras e mesas na calçada. O pessoal recolheu e eu comecei a receber telefonemas, a partir de quinta-feira (30). Eu comentei com o prefeito (Jeová Moreira da Costa) e ele me pediu que montasse uma reunião com o pessoal”, conta. Segundo ele, com o apoio da Assessoria Municipal de Imprensa os comerciantes foram convidados para participar de uma reunião nesta segunda-feira, 4, para discutirem o problema. Cerca de 50 pessoas estiveram presentes no encontro, quando decidiram marcar uma reunião com o promotor de Justiça, no Ministério Público, se possível até a próxima semana.
   “Precisamos de uma maneira para que essas pessoas continuem trabalhando ocupando apenas parte da calçada, sem prejudicar quem está passando por ali, não interrompendo a acessibilidade dos cadeirantes”, afirma Garrado. Para ele, o ideal seria deixar o comerciante colocar as mesas e cadeiras no passeio onde for possível, desde que sobre espaço suficiente para o trânsito normal de pedestres. Garrado informa que participou da reunião junto com os vereadores Mateus Vaz de Resende, José Maria Lemos Júnior e Carlos Roberto Rosa, quando o prefeito Jeová ficou de ver junto com a comissão como os comerciantes podem se readequar.
   “Enquanto isso, alguns voltaram a usar, principalmente quem tem passeios grandes, mas outros preferiram aguardar. Eu senti que todos os comerciantes colocaram-se à disposição para readequar os estabelecimentos”, diz Garrado. Ele acrescenta que têm pessoas que usam um passeio muito pequeno, o que terá que ser revisto. “A gente tem que fazer um reestudo para ver se pode ser acrescido o passeio nessa situação, para que ninguém fique prejudicado. Infelizmente, a cidade é muito antiga e há espaços que realmente não permitem às pessoas trabalhar dessa forma, onde até mesmo se duas pessoas caminharem se chocam na calçada”, afirma.
   Garrado explica que a notificação do IPDSA está em suspenso até que seja acordada uma medida junto ao Ministério Público. “Para que a gente chegue ao denominador comum com a promotoria e volte a dar uma sustentação para os comerciantes.” O vereador Márcio de Paula sugeriu que essa ocupação das calçadas fosse permitida a partir das 18h, o que também pode ser discutido. “É muito importante esse horário depois das 18h, porque se você caminhar pelas ruas hoje, de segunda a sexta-feira, durante o dia não têm mesas nas calçadas. Depois das 18h, o trabalhador usa a calçada para ir para casa ou para ir tomar uma cervejinha”, afirma. Garrado acrescenta que o happy hour em locais onde as pessoas possam se ver ao passar e conversarem é uma tradição mineira, como destacou o colega Márcio de Paula.

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