O consultor em turismo, Aristides de La Plata Cury, começou um mapeamento do setor em Araxá no último dia 6. A intenção é integrar os vários segmentos que lucram com a atividade para transformar a cidade em um destino para o potencial turista agendar encontros de negócios ou lazer em família. A consultoria foi contratada pelo Araxá Convention & Visitors Bureau (ACVB) e deverá movimentar vários setores econômicos locais.
Segundo Aristides, a união de esforços para um objetivo comum é um dos conceitos a serem trabalhados. De acordo com o especialista, o empresariado precisa estar consciente de que no momento em que o potencial turista está em casa analisando as possibilidades de uma viagem com a família ou no escritório avaliando as possibilidades de uma viagem de negócios, os hotéis, bares e restaurantes de Araxá não são concorrentes entre si. “Nesse momento, a briga é com os outros municípios que também são alternativas possíveis”, afirma.
Nessa primeira visita, será cumprida uma agenda com empresários de diversos setores. A partir dos encontros e das informações secundárias levantadas no histórico do ACVB, será feito um diagnóstico do turismo atual na cidade. “O próximo passo será conversar com a sociedade para saber o que a cidade quer como modelo de turismo a ser implementado”, explica.
Segundo ele, para isso, serão realizadas duas oficinas em um processo de planejamento participativo. Nelas será adotada uma metodologia conhecida como “Quatro Cs” que compreende a criatividade, o conflito, o consenso e o compromisso. O consultor explica que todo grupo formado por pessoas bem sucedidas tem boas ideias, mas é preciso encontrar aquela que represente o desenvolvimento do turismo do grupo. “A partir daí, é firmado o compromisso e feito um cronograma de ações de curto, médio e longo prazo”, diz.
Segundo Aristides, não há receita pronta, mas os destinos que conseguem fazer esse processo têm condições de ser mais competitivos e estão conseguindo explorar de maneira mais produtiva o turismo. Já os que não conseguem, ficam para trás. “Com engajamento, fica muito mais fácil as coisas acontecerem. E, é por isso, que precisa haver investimento de tempo, inteligência e recurso financeiro em uma organização comum. É a união que faz a força, o trabalho sozinho é muito mais caro, cansativo e menos eficiente”.
