Editorial | A boa saúde

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Saúde significa bem-estar, qualidade de vida. Já o contrário é doença, desiquilíbrio físico e mental, a insalubridade, debilidade e impotência. Portanto, as políticas públicas devem buscar a priori promover a satisfação diária da população para prevenir problemas futuros de todas as ordens. De nada adianta tratar os problemas sem eliminar as causas, ter saúde é muito mais do que não estar doente porque depende do ambiente, das condições de vida do cidadão. Essa visão holística leva à necessidade de um conjunto de ações que possibilitem à pessoa ter satisfação na vida. Para evitar a doença, a prefeitura tem trabalhado de forma integral entre as secretarias na promoção da saúde com educação, ação social, esporte, cultura, lazer e segurança, afinando o conjunto por meio da integração de redes que antes até não existiam e hoje continuam em formação. 

É um processo que demanda ações de curto, médio e longo prazo que precisam ser feitas e muitas interdependem entre si. A implantação do aplicativo Colab Cidadão, por exemplo, agora permite o agendamento de consultas com especialistas pelo celular, tendo em mãos o encaminhamento do médico da rede básica de saúde. Assim como foi ampliado o número de Estratégias Saúde da Família (ESFs), implantados mais exames e dois Ambulatórios de Emergências (AMEs) com funcionamento 24 horas na Uninorte e Unileste que foram reformadas e reestruturadas e cada um conta com uma ambulância à disposição. O número de médicos que atuam na rede aumentou consideravelmente e o credenciamento para a contratação de mais continua aberto.

Dentre as ações de médio prazo previstas no Plano Plurianual (PPA) está a construção do hospital municipal que começa a ser entendida como necessária à medida que o avanço no atendimento básico demanda os procedimentos médicos mais complexos que hoje a população busca em outros municípios. O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) pode ser evitado em muitas circunstâncias a partir do momento que Araxá seja de fato polo regional de atendimento à saúde. Para isso, o município precisa estar preparado para ao invés de demandar passar a atender a população local e regional. 

Um exemplo é a UTI Neonatal que abrange a alta complexidade e será implantada no hospital municipal se não for possível na Santa Casa que junto com o Hospital Casa do Caminho que está sob intervenção respondem por quase 100% dos atendimentos via SUS, isto com o imprescindível aporte de recursos municipais. O projeto de construção do hospital municipal caminha sob o assessoramento e apoio da Secretaria de Estado da Saúde porque é entendido como prioridade dentro da política de regionalização da área do governo estadual. Mas isso não significa que Araxá, Estado e União podem abrir mão dos convênios com os hospitais locais porque a iniciativa visa ampliar e não reduzir os atendimentos médicos e hospitalares hoje ofertados no município. É preciso planejar a atuação de cada hospital da cidade para que se complementem no atendimento à população, filantrópicos ou não, desde que tenham interesse em também prestar serviços pelo SUS nas mesmas condições. É lógico que a as gestões municipal e estadual sabem que não é somente construir, o mais importante é como vai funcionar o novo hospital e com foco em quais especialidades.   

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