Por oito votos a um, a Câmara Municipal de Araxá aprovou o projeto de suplementação orçamentária enviado pela administração pública, em 8 de agosto passado, mas com uma emenda que reduz de 12,5% para 2,5% o valor solicitado pelo Executivo. O assessor Jurídico da prefeitura, Jonathan Ferreira, diz que essa redução deve provocar uma concentração de esforços pra verificar a postura administrativa a partir de agora.
“Vamos trabalhar com o que nos foi oferecido pelos vereadores e avaliar a necessidade de encaminhar outro projeto de suplementação orçamentária, para que possamos concluir o ano de 2011 cumprindo as normas legais de suplementação orçamentária e de realização de despesas pela prefeitura”, afirma Jonathan.
O presidente da Câmara, Carlos Roberto Rosa, faz uma avaliação positiva do resultado da votação. “A emenda no projeto foi assinada por todos os vereadores e foi aprovada, com isto, o prefeito tem R$ 4 milhões para gastar dentro do orçamento da maneira que ele melhor entender. Esse valor não está vinculado a nada e não impede também que depois o Executivo mande outro projeto para cá. O perigoso seria se a matéria fosse rejeitada, pois aí ele não poderia mandar mais nada este ano”, explica.
Em entrevista coletiva realizada na semana passada, o prefeito Jeová Moreira da Costa disse que os 12,5% solicitados pela administração municipal significam R$ 16 milhões que seriam aplicados em duas obras já em andamento no município, a revitalização da av. Antônio Carlos e a construção do Centro Administrativo Juscelino Kubistcheck, até em decorrência da falta de liberação dos recursos externos que estão sendo aguardados dos governos estadual e federal e não ainda há previsão para que ocorram.
O vereador César Romero (Garrado) que foi o único a votar contra a emenda de 2,5% afirma que esse fato nunca houve na história de Araxá. “Tanto é que em mandatos passados foram liberados até 40% do orçamento que era de R$ 80 milhões na época. Hoje, nós estamos falando de um orçamento de R$ 160 milhões e, simplesmente, deram aí uma bagatela de 2,5%, que infelizmente não dá para fazer nem a iluminação da revitalização da praça Antônio Carlos”, explica Garrado.