Dalvina Maria, de 60 anos, e a sua família residem numa área no alto do bairro Santa Rita, na av. Washington Barcelos, onde não existe esgotamento sanitário. As águas pluviais junto com esgoto descem de parte do setor Norte para um pequeno bueiro localizado em frente a sua casa, que junto com outras costumam ser invadidas pela enxurrada. O ambiente está impregnado, pelo constante mau cheiro e a sujeira que invade a casa quando chove.
Segundo ela, mora na avenida há mais de 20 anos, mas os problemas agravaram-se com a destruição da manilha que recebia o esgoto. “Nós tinha três fossas aqui, a minha e dos vizinhos, porque cai tudo no mesmo buraco, agora arrancou as manilhas e cai assim mesmo, isto é velho. A prefeitura falou para jogar lá, mas nós tinha as manilhas tudo, agora arrancou e tem mais de dois anos que estou com esse fundo aberto. Fede demais, Nossa Senhora, tem dia que nem jeito de comer tem, de tanta catinga.”
Luis Carlos dos Reis de Paula, de 49 anos, também mora na av. Washington Barcelos e é vizinho de Dalvina, desde1975. “Infelizmente, temos hoje problemas muito sérios aqui. Quando não é a água que faz um rio quando chove um pouquinho, agora o trânsito aumentou demais aqui, do Urciano, do Tiradentes, dá cinco horas e não tem jeito de passar mais, é um absurdo, fora os acidentes que andam acontecendo demais da conta. Já reivindicamos várias vezes, há muitos anos que nós procuramos a prefeitura e já tem muito buraco da água que vem da Escola Manoela Lemos para cá, onde só tem um bueiro, estreitinho. Quando chove, a rua fica uma lagoa, a água invade as casas e, quando entope a rede de esgoto, volta tudo para dentro de casa”, explica o morador.
