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Os motoristas flagrados pelos seis radares instalados na cidade ao cometerem infrações no trânsito receberam apenas notificações educativas durante os últimos noventa dias, até esta quarta-feira, 16. Nesse período, foram emitidas 10 mil Notificações de Autuação de Infração de Trânsito que apenas alertaram os motoristas sobre o início da operação dos equipamentos de fiscalização eletrônica. Mas, a partir desta quinta-feira, 17, as multas pesam no bolso de quem avançar o sinal, parar em cima da faixa de pedestre ou exceder a velocidade permitida.
Com o encerramento do caráter educativo das notificações, agora quem for flagrado pelo radar transitando irregularmente vai pagar multa e perder pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) que variam conforme a falta, se leve, grave ou gravíssima. Os motoristas que avançam o sinal, por exemplo, cometem falta gravíssima e recebem multa de R$ 191, além de perderem sete pontos na carteira.
As faltas também variam conforme o excesso de velocidade, por exemplo, se for 20% acima do permitido é falta grave, com multa de R$ 127 e menos cinco pontos na carteira. Mas se a velocidade estiver 50% maior do que a permitida, o motorista comete falta gravíssima e é multado em R$ 574, além de perder sete pontos na carteira. Quem parar com o veículo sob a faixa de pedestre será multado em R$ 85 e perderá quatro pontos na carteira.
Rodízio
A assessora municipal de Transportes e Trânsito, Viviani Antunes Gomes, explica que no total foram implantados seis radares aferidos pelo Inmetro, sendo quatro em cruzamentos onde são fiscalizados a velocidade dos veículos, o avanço de sinal e a parada na faixa de pedestres. Atualmente, esses equipamentos estão instalados na av. Senador Montandon, nos cruzamentos com rua Belo Horizonte e também com a av. Getúlio Vargas onde também há outro aparelho no cruzamento com a praça da Igreja Matriz de São Domingos e, o quatro, na av. Vereador João Sena com a rua Ipiaó. Viviani explica que depois que o trânsito for disciplinado nesses cruzamentos, os radares serão transferidos para outros pontos críticos do trânsito em Araxá.
Ela acrescenta que outros dois radares foram instalados em pontos onde o principal objetivo é possibilitar a travessia do pedestre com segurança, na av. João Paulo II próximo ao Supermercado ABC e no alto da av. Imbiara, onde há uma concentração maior de pessoas. Viviani destaca que a av. Imbiara requer uma atenção especial nas proximidades das escolas estaduais Vasco Santos e Lia Salgado, onde o número de acidentes de trânsito à noite chama a atenção.
Segundo ela, todo o sistema foi implantado observando os locais com mais ocorrências de trânsito e baseado em estudos técnicos para oferecer mais segurança. “O contrato permite que a partir do momento que essas regiões estiverem ok, a gente mude o sistema para outras vias e vamos fazer esse controle um pouco mais para frente”, diz.
Velocidade
A assessora explica que nas avenidas onde os radares foram instalados com o objetivo de permitir a travessia do pedestre com segurança, a velocidade máxima permitida é de 40 quilômetros. Ela acrescenta que nas demais vias que são arteriais a velocidade permitida é de 50 quilômetros. Ela esclarece que o Código Brasileiro de Trânsito estabelece esse limite em 60 quilômetros nas avenidas, mas nos cruzamentos não é recomendável porque o motorista tem que reduzir.
Viviani destaca que o objetivo do sistema é educar a população no trânsito e não punir. “Imagine, se tivéssemos que colocar radares em todos os pontos? Nós não queremos multar e sim ter uma população educada para o trânsito, que respeite a sinalização em todos os locais. Hoje, já percebemos uma troca entre pedestre e motorista de atitude correta e que é multiplicadora, somente com bons exemplos mudaremos esse cenário. O radar é só para casos extremos, pois a solução está nas pessoas, no compromisso de cada um com a cidade.”
Ela informa que junto com a municipalização do trânsito foi criada a junta administrativa (Jari) que opera com funcionários treinados. O órgão é essencial para a pessoa autuada recorrer, quando tem o sentimento de que a multa foi aplicada injustamente.