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PMA quer despejar associação de catadores sem destinar outro espaço
08/01/2020, às 15:41:53
A Associação Amigos Catadores de Materiais Recicláveis de Araxá e Região – Reciclagem Dona Beija que é a responsável pelo sustento de oito famílias pode ser despejada do Centro Comunitário do Bairro Dona Beja para onde foi designada provisoriamente pela Prefeitura de Araxá em 2014, sem ter qualquer outro espaço para dar continuidade as suas atividades que contribuem significativamente para a coleta seletiva de Araxá. Em resposta ao ofício do promotor de Justiça curador do Meio Ambiente, Marcio Oliveira Pereira, para que a administração municipal destinasse um espaço à Reciclagem Dona Beja no Distrito Industrial (DI), onde já estão implantados três galpões que abrigam associações que também trabalham na coleta seletiva, a Prefeitura de Araxá informa através da Procuradoria Geral do Município que dará prosseguimento ao pleito de reintegração de posse do imóvel. “...Infelizmente, não há como permitir a permanência da associação no imóvel localizado no bairro Dona Beja na medida em que há pedido expresso do Secretário Municipal de Promoção e Ação Social de retomada do espaço para a implantação do Centro Comunitário no aludido bairro”, cita o ofício encaminhado ao promotor Márcio.
O presidente da Reciclagem Dona Beja, Jair Barbosa, conta que recebeu as chaves do centro comunitário da própria administração municipal para que se estabelecesse até uns três meses, enquanto seria providenciado o espaço adequado no DI. Ele acrescenta que em seguida aconteceu o impedimento do prefeito anterior e foi permanecendo no local, onde está há cerca de 5 anos. Jair conta que com a recente divulgação de um vídeo do local que estava abarrotado de material reciclável porque os caminhões da prefeitura que fazem a coleta descarregaram tudo lá durante os dias de férias dos depósitos situados no DI, a questão novamente veio à tona preocupando a todos. Ele diz que não houve qualquer contato da prefeitura para a destinação de um espaço adequado à associação no decorrer desse período e nem mesmo foram informados sobre a ação de despejo que está promovendo contra os catadores. Jair ressalta que em momento algum houve invasão do local que foi designado pela própria administração municipal.
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