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A Rádio Cidade conseguiu realizar um ótimo debate entre os candidatos a prefeito de Araxá nesta terça-feira, 2, com boa dinâmica, de forma isenta, regras claras e, principalmente, a presença dos quatro postulantes. Não resta dúvida que o debate é um dos melhores instrumentos de avaliação das candidaturas pelo eleitor, pois acontece sem as trucagens de marketing existentes para seduzi-lo nos programas eleitorais e com todos cara a cara, ao vivo, não dá pra despistar. Acredito que o embate ajudou a definir muitos votos dos eleitores que até então ainda estavam indecisos. Falando nisso, é um absurdo desprezar o número de eleitores indecisos ao ser divulgada uma pesquisa eleitoral como foi feito pelo Instituto Veritá, na TV Paranaíba (Record) nesta quarta-feira, 3, que considerou apenas os votos válidos. O resultado apresentado é duvidoso não só diante da conhecida falta de credibilidade do instituto, mas principalmente porque foi em cima dos votos válidos, desprezando em reta final de campanha o significativo número de eleitores que deixam para definir o voto na última hora. O descalabro é tão grande que se volta justamente para o candidato que deveria ser beneficiado, de tão significativo que é o efeito colateral. Aliás, em Uberlândia, a Justiça Eleitoral impediu na última sexta-feira, 28, a divulgação da pesquisa desse instituto na TV Paranaíba.
Em pratos limpos
Devido a um acordo assinado entre os representantes dos candidatos a prefeito, a Rádio Cidade não retransmitiu a gravação do debate de terça-feira, 2, e nem permitiu que a imprensa presente filmasse ou fotografasse o encontro. As fotos foram disponibilizadas depois pela própria emissora aos veículos de comunicação. Então, em respeito a essa decisão, o Jornal Clarim não fez matéria informativa sobre o confronto entre Aracely de Paula (PR), Jeová (PDT), Ronito Reis (PMN) e Toninho Barbosão (PT) para divulgar nesta edição. Quem ouviu, com certeza ficou mais esclarecido sobre as campanhas, os planos de governo e até a personalidade de cada um. Os próprios candidatos aproveitaram a oportunidade pra botar alguma coisa em pratos limpos, como Aracely que perguntou a Jeová porque disse que abriria mão da pretensão de ser candidato para apoiar a candidatura dele, o que não ocorreu e os dois estão na disputa como adversários depois de terem disputado três pleitos municipais juntos. Jeová respondeu que esperava que esse entendimento fosse capitaneado pelos dois, prefeito e deputado federal, junto ao governador Antonio Anastasia (PSDB) e o senador Aécio Neves (PSDB), mas Aracely conduziu tudo de outra forma. Jeová não disse literalmente, mas pelo que eu entendi, foi porque Aracely preferiu conversar primeiro com os antigos adversários do que com o último aliado.
178 candidatos
Oito candidatos disputam as eleições majoritárias neste domingo, 7, sendo quatro prefeitos e quatro vices: pela coligação Unidos Podemos Mais, com quatorze partidos (PRB/PP/PMDB/PSL/PR/PPS/DEM/PHS/PTC/PV/PRP/PSD/PCdoB e PTdoB), Aracely e Lídia; pela coligação Araxá Em Boas Mãos, com seis partidos (PDT/PTB/PSC/PSDC/PRTB/PSDB), Jeová e Edna; pela coligação Sou Mais Araxá, com dois partidos (PT/PSB), Toninho Barbosão e Lenice; pelo partido PMN, Ronito e Giselda. Para vereador, estão na disputa as seguintes coligações e partido, com os respectivos número de candidatos: DEM/PTC/PP, 30; PSL/PHS/PRP/PCdoB/PTdoB, 30; PDT/PTB/PSC/PSDC/PRTB/PSDB, 30; PT/PSB, 29; PRB/PPS/PV, 26; PMDB/PR, 23; PSOL, 2. A expectativa é a de que o coeficiente eleitoral para a definição das cadeiras na Câmara Municipal que depende do total de votos válidos gire em torno de 4 mil. Num primeiro momento, isso significa que para cada 4 mil votos obtidos é ocupada uma vaga pela coligação e partido, pela ordem dos seus candidatos mais votados, desprezadas as frações. Depois, ainda é preciso fazer o cálculo das sobras. Como são 170 candidatos a vereador, de forma simplista é possível dizer que são 11,333 por vaga. No entanto, nem sempre os mais votados alcançam a cadeira, porque a somatória dos votos dos candidatos de um partido ou coligação tem que alcançar no mínimo o coeficiente eleitoral para fazer pelo menos uma cadeira.