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O Encontro Sesi de Artes Cênicas chega a sua vigésima terceira edição em Araxá como uma iniciativa precursora e consolidada do Sesi/Fiemg de fomento cultural, formando público e profissionais a cada edição. Em 18 destes 23 anos, o encontro de teatro e dança conta com o incentivo do Ministério da Cultura e o patrocínio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). O gerente de Cultura do Sesi Minas, Thiago Maia, destaca que o encontro já transformou-se num patrimônio da cidade, sendo uma das ações mais longevas e ininterruptas do Ministério da Cultura. O encontro iniciado no sábado, 26, encerra-se nesta sexta-feira, 1º, com uma expectativa de público de 20 mil pessoas. Dos 29 espetáculos, 7 são araxaenses.
Thiago destaca a importância do encontro para o Sesi que busca elevar a qualidade de vida do trabalhador, coadunando com a missão de atender a CBMM como empresa. “A cultura é condição fundamental para o desenvolvimento social e também pode ser interpretada de forma mais simples como uma grande ferramenta de gestão: trabalhador com acesso à produção cultural é mais feliz, melhor em suas atividades e falta menos ao trabalho. Na Inglaterra, por exemplo, antes de cortar qualquer gasto com a cultura, primeiro são revistos os da saúde e educação. Entendendo que a educação formal é utilizada pontualmente e a cultura pelo resto da vida”, diz. Ele destaca que o tema do encontro neste ano “Arte que transforma o mundo. Mundo que transforma a arte.” tem como proposta mostrar essa influência mútua entre a arte e a sociedade. Nesse aspecto, privilegia o diálogo com a comunidade, tanto que abre espaço na programação para 7 espetáculos da cidade. “E o renomado espetáculo ‘O Homem Travesseiro’, com Tonico Pereira, Ricardo Blat, Miguel Thiré e Bruce Gomlevsky conta a estória de um escritor que tudo o que escreve influencia a cidade, estabelecendo justamente esse diálogo”, diz.
Ele cita que além dos espetáculos, o público tem acesso gratuito às oficinas de dança e teatro e acontecem as intervenções na cidade e nas indústrias. Segundo ele, também é realizada uma pesquisa sociológica desde a edição passada, para saber o que a população espera dessa “invasão cultural” em termos de satisfação e impacto. Thiago conta que nesse aspecto houve o emocionante depoimento da Cia. Valentina, de Araxá, que participou este ano com apresentações artísticas durante as intervenções, no sentido de que o grupo teatral não existiria se não fosse o encontro, onde tudo começou para os integrantes através da participação deles nas oficinas. Segundo ele, a pesquisa realizada por uma socióloga aponta que o público da cidade quer mais espetáculos de rua e que os artistas possam se apresentar nos bairros, com a descentralização do encontro. Ele destaca que a partir da ação da CBMM tem sido possível a promoção de diversas atividades culturais em Araxá sem a cobrança de qualquer ingresso, o que garante o acesso gratuito à cultura pela população, como um importante diferencial.
Várias apresentações encerram o encontro nesta sexta
> 17h - “Fábulas errantes”, Cine Horto Pé na Rua, praça do Teatro Municipal de Araxá.
> 20h - “Pedro Morais”, pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB)
> 21h - “O líquido tátil”, Grupo Espanca!, Teatro Sesi Araxá.
> 22h - Show de encerramento “Road Runner”, na FCCB.