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A chefe de departamento da Subsecretaria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Edna Castro, afirma que é preciso preparar os municípios para receberem os recursos estaduais destinados através dos conselhos municipais. Ela já apresentou uma proposta nesse sentido à subsecretária que lhe autorizou a seguir com a iniciativa. Edna assumiu a presidência do PSDB de Araxá e participou nesta semana do Fórum Comunitário com representantes de partidos realizado pela Câmara Municipal para discutir o novo número de vereadores.
“O que me dá mais tristeza é a gente sentir lá que as cidades não estão preparadas para receber os recursos, porque os prefeitos têm medo de dar posse aos seus conselhos. E se não for através dos conselhos, como o Antidrogas, da Criança e do Adolescente, da Mulher, do Idoso, não há verba. E tem que ter projeto para que essas entidades sejam beneficiadas”, afirma.
Segundo ela, como essa foi uma das primeiras situações que identificou no novo cargo, já conversou com a subsecretária sobre a possibilidade de fazer um trabalho de conscientização e orientação aos prefeitos através das associações microrregionais de municípios em todo o Estado, como a Ampla. “Precisamos passar para o prefeito a importância que têm os conselhos municipais, porque senão existirem não tem projeto e nem verba. Esse projeto meu, eu quero apresentar esta semana para o governador (Antonio Augusto Anastasia) e a subsecretária achou excelente a ideia de fomentar esses conselhos, principalmente, o do Idoso, da Mulher, da Criança e o Antiodrogas, para que a gente realmente possa ter verba e projeto realizado”, diz Edna.
Em Belo Horizonte
A vereadora licenciada desde 11 de maio, quando assumiu o cargo no governo estadual, diz que ainda está aprendendo sobre o funcionamento do departamento que dirige na Subsecretaria de Direitos Humanos, que é muito complexo e com grandes demandas. “Eu faço parte de todas as coordenadorias (da Criança, do Idoso, da Mulher, do Deficiente, das Diferenças Raciais, de Gays, Lésbicas e Simpatizantes) e a gente desconhecia essa demanda muito grande. Até aprender tudo e começar de verdade a mostrar trabalho demora certo tempo. Na verdade, vai ser um trabalho que não vai aparecer muito porque não é uma subsecretaria que tem recursos financeiros, é muito mais de atendimentos a encaminhamentos”, explica.
Segundo ela, os projetos que chegam decorrentes dessa demanda são encaminhados às secretarias pertinentes, como os afetos à criança e adolescente à Secretaria de Direitos Humanos e, assim, para a Saúde, Defesa Social, dentre outras. “Todas as secretarias estão envolvidas com esse trabalho da Subsecretaria de Direitos Humanos que participa de todas as outras pastas para demonstrar a necessidade de cada um respeitar o direito do outro.”
Edna diz que espera ter acertado na decisão de deixar a cadeira na Câmara Municipal de Araxá. “Eu tenho um respeito muito grande pela população de Araxá, são quatro mandatos e as pessoas sempre acreditaram muito em mim. Então, eu estou tentando fazer o máximo de mim para que realmente eu possa atender não só a comunidade de Araxá, mas também o restante do Estado. Eu não imaginava que seria tão difícil deixar a família para trás, esse ir e vir é complicado, mas não é qualquer desafio que me deixa para baixo. Eu tenho certeza que junto ao governador, vamos descobrir uma maneira de estar ajudando, agora Minas Gerais.”
Política
Edna diz que a ida para Belo Horizonte abriu-lhe a possibilidade de assumir a presidência do PSDB de Araxá, e lá participa das reuniões do diretório estadual às segundas-feiras. “E ficou muito claro para mim que a mulher tem muito medo, ela às vezes participa da política, mas está sempre com o pé atrás e, como esse lugar estava vago, naquela coisa de ninguém tomar frente, um grupo pra lá, outro pra cá, eu achei que podia ser essa conciliadora”, explica. Segundo ela, o PSDB de Araxá tem quase 500 filiados e todos devem ter uma participação igualitária dentro do partido.
“Se Deus quiser, vamos fazer uma reunião grande, convocar o máximo que a gente puder de filiados, porque dentre estes, eu tenho certeza, tem muita liderança que está afastada, escondida e que nós podemos fazer despertar para que a gente possa fortalecer o nosso partido”, afirma. Ela informa que o partido não discutiu sobre o número ideal de vereadores na Câmara Municipal de Araxá, mas defendeu no fórum com os partidos de 13 a 15 cadeiras.
Apoio ao governo municipal
Edna afirma que antes de assumir a presidência do partido em Araxá, conversou com o outro vereador do PSDB, Marco Antônio Rios, que hoje é vice-presidente, sobre o posicionamento diverso dos dois em relação ao atual governo municipal. “Até quando ainda eu estava na Câmara e tinha direito a voto, conversamos justamente isto, que eu fazia parte da bancada do prefeito e votava com ele, mas eu nunca votei aquilo que não era certo, que fosse errado no meu entendimento. Eu sempre votei muito tranqüila as coisas que realmente eu sabia que iam ser boas para a comunidade, e a gente tem um respeito muito grande um pelo outro, que tem que existir mesmo”, afirma.
Segundo ela, no dia 27 de agosto próximo, haverá uma reunião em todo o Estado nas 45 cidades (número do PSDB) consideradas polo pelo partido, dentre elas, Araxá. “É a partir dessa reunião que vamos conversar muito, respeitando a ideia de todos os filiados para que realmente a gente possa tomar uma posição correta, não vai ser porque A ou B quer, tem que ser o alfabeto inteiro.”