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EDITORIAL - Necessária mudança
07/05/2014, às 08:09:59

 

A Exposição Agropecuária de Araxá completa a quadragésima edição em 2014, sendo o principal evento do gênero na microrregião, sempre agregando importantes melhorias, seja no foco principal que é a produção no campo, especialmente a criação de gado, como no entretenimento que proporciona à população. Hoje, Araxá é uma das principais referências no país em gado Girolando, que surgiu na região através do cruzamento das raças Gir e Holandês, para a criação de um animal que tivesse ao mesmo tempo a rusticidade necessária às condições do cerrado, mas também boa performance na produção de leite. Já a festa propriamente dita é uma tradição cultural do campo para a cidade, uma das mais esperadas do ano pela população e que este ano contou com um movimento total de mais de 100 mil pessoas. Nos cinco dias de shows, a média diária de público da 40ª Expo Araxá foi de 10 mil pessoas. Diante dessa evolução, o que falta é proporcionar ao evento um espaço à altura.

A Associação dos Ruralistas do Alto Paranaíba (Arap) que reúne cerca de 400 produtores rurais a cada ano esforça-se para superar-se na realização do evento, seja em traduzi-lo como um importante espaço para a mostra e comercialização de animais, como também para os esperados rodeios e shows populares. Este ano, um novo formato foi dado ao evento que aconteceu em duas etapas, estendendo-se no decorrer de quase todo o mês, entre os dias 2 e 27, com uma primeira fase voltada para os negócios agropecuários e a segunda para as festividades. Uma formatação que parece mais acertada especialmente em face dos limites impostos pelo tamanho e localização do Parque de Exposição Agenor Lemos, pois com o crescimento da cidade hoje está situado na região central e tornou-se pequeno. E a cada ano essas inconveniências são mais sentidas, porque estão na contramão da necessidade de sempre aprimorar o evento, por si só grandioso.

Na época de festa, as reclamações dos moradores incomodados com a movimentação no parque e o alto som das apresentações também ficam fora do tom. Interessante que neste ano parece que os incômodos têm tido maior alcance, não mais restritos à vizinhança do parque. Se não há nada diferente em relação ao barulho, pelo contrário, os dias de festa foram reduzidos para apenas cinco, qual seria a razão dessa repercussão ruim tornar-se ainda maior? É que com o passar do tempo e a maior conscientização da população em relação aos seus direitos, principalmente de quem não gosta da movimentação, a inadequação do espaço assume outra proporção, além do comodismo dos associados em não tomar a única providência possível e viável não só para acabar de vez com tudo isso que de certa forma afeta o brilhantismo do evento, como também avançar na sua realização.

A desculpa das diretorias da Arap para manter tudo como está recai sempre no que chamam de “conservadorismo” dos associados, como se não fossem parte deles. Não só a Arap que inclusive não pode mais locar o parque para outros eventos, mas Araxá como um todo, carece de outro espaço maior, bem estruturado e com localização mais adequada para a realização da especialíssima exposição agropecuária, como de outras iniciativas de entretenimento que até nem acontecem em função dessa limitação. Dessa forma, quem está de fora não vislumbra qualquer inconveniente para essa mudança, pelo contrário, o clamor nesse sentido é mais forte a cada edição da Expo Araxá.

Não é possível que com toda a credibilidade que a Arap tem não consiga dar uma destinação melhor para a área tão nobre do atual parque, mesmo que seja vendê-la ao invés de dar continuidade a essa especulação sem sentido. Assim como, conseguir o apoio necessário dos governos municipal, estadual, federal, das classes empresarial e rural, dos empreendedores que vislumbram os bons investimentos para seguir adiante em prol de todos. Quantos outros eventos e mostras poderiam acontecer numa nova estrutura no decorrer do ano, compensando a relação custo/benefício. Até o transporte coletivo do público para chegar e sair dos eventos num espaço mais distante seria um serviço atraente, hoje ninguém deveria beber e sair dirigindo por aí como ocorre, por mais que a legislação impeça. Quem mora na av. Imbiara e proximidades fica incomodado não só com o som alto, como também com o barulho dos veículos ao deixarem o parque. A população já não compreende esse imobilismo numa cidade tão pujante. O espaço de tempo de uma geração a outra é calculado em 25 anos. Portanto, já ultrapassado pela Arap em mais de duas gerações nestes 56 anos da iniciativa que está na 40ª edição, embora persista em manter a mesma visão.

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