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As acadêmicas Catia Lemos e Vilma Cunha Duarte representaram a Academia Araxaense de Letras (AAL), ainda como presidente e 1ª secretária, em três eventos literários realizados em Portugal e Espanha.
Vilma é uma das participantes do Livro das Aldravias II lançado nos dois países, dentre os poetas brasileiros que apresentaram o jeito diferente de fazer poesia no exterior. Os aldravistas realizam o desafio de fazer poesias curtas e com conteúdo. “O nome não é mesmo fácil: o Livro das Aldravias. Uma referência a aldrave, o nome de um batente de porta antigo. Seria a poesia que bate à porta para entrar. São poemas curtinhos, de no máximo, seis palavras”, conta o repórter da Rede Globo, André Luiz Azevedo, que esteve em Lisboa fazendo matéria sobre o lançamento, divulgada pelo Jornal Hoje na edição do dia 24/04/2014.
A apresentação em Portugal foi na Academia de Letras e Artes. Andrea Leal, uma das líderes do movimento, explica o que é o estilo. “A aldravia são seis versos vocabulares. Ela não é uma frase, é um vocábulo em cada linha. Tem que colocar o máximo de poesia com o mínimo de palavras”. O estilo de poesia nasceu há pouco mais de dez anos em Mariana, uma das cidades histórias mineiras. Um grupo de intelectuais decidiu criar o que eles chamam uma forma genuinamente brasileira de fazer poesia usando um mínimo de palavras para passar a mensagem e agora eles querem exportar essa ideia começando por Portugal.
Na sessão solene de apresentação se misturaram os poetas com os acadêmicos portugueses. Os brasileiros mostraram alguns exemplos da poesia aldravia. “Gerei minhas dores e pari poesia”, improvisou Vilma na ocasião. As aldravias são sempre peças curtas, sem exigência de rima ou de uma maior elaboração. Os poetas aldravianos dizem que já conquistaram seguidores em outros países, graças à fórmula da poesia fácil sem rima e sem dificuldade. A escritora e acadêmica portuguesa Celeste Garcez foi uma das primeiras que conheceu e aprovou a poesia à brasileira. “É mais uma poesia que veio para ficar".