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Mutante é condenado por tentativa de homicídio
28/05/2014, às 08:25:04

 

O réu Washington Bruno Leonardo Carneiro de Paula (vulgo Mutante) foi condenado a 13 anos de reclusão em júri popular por tentativa de homicídio contra Jefferson Rafael Silva que ficou tetraplégico. O crime ocorreu em abril de 2007 durante a Exposição Agropecuária de Araxá. Os advogados do réu, Edson Mauro Oliveira e Leonardo Alves Pereira, através de estratégias de defesa conseguiram reduzir a pena para 6 anos e 6 meses de reclusão em regime semiaberto.

Os advogados do acusado ainda tentaram reverter a acusação de tentativa de homicídio feita pelo Ministério Público de Araxá para a de lesão grave. Porém, foi mantida pelo júri a acusação de tentativa de homicídio com uma qualificadora. O julgamento presidido pelo juiz de Direito da Vara Criminal, Renato Zouain Zupo, com a atuação do promotor de acusação, Fábio Varela, ocorreu nesta terça-feira, 27, no Tribunal do Júri localizado na av. Getúlio Vargas.

O crime - Em abril de 2007, Jefferson participava da festa agropecuária no Parque de Exposição Agenor Lemos e, segundo ele, estava na frente do palco de shows quando em determinado momento deslocou-se até uma barraca para comprar uma cerveja, quando o acusado Washington teria “passado a mão em suas nádegas”. Jefferson disse que se virou para trás e o questionou pelo ato, perguntando por que ele tinha feito aquilo, dizendo-lhe que esse tipo de coisa (brincadeira) não se fazia com pessoas que ele não conhecia. A vítima disse que em seguida deu as costas ao acusado e então sentiu uma forte pancada, quando caiu com o rosto no chão e permaneceu imóvel e atordoado.

De acordo com testemunhas, o autor mesmo vendo a vítima caída no chão e sem reação continuou a agredi-la com vários golpes de artes marciais. Washington é praticante de capoeira há 12 anos. As testemunhas ainda relataram que a vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros até o pronto socorro, onde foi assistida e medicada pelo médico de plantão, ficando internada em observação. Conforme a avaliação médica, o estado de saúde de Jefferson agravou-se e ele perdeu os movimentos das pernas, sendo internado na UTI da Santa Casa com queda da pressão arterial. Ele permaneceu internado na Santa Casa por alguns dias, porém devido ao grave quadro clínico foi transferido para um hospital em Uberaba. Familiares de Jefferson que estavam presentes no julgamento relataram que ele passou por cirurgias na região da cabeça e teve várias complicações, permanecendo em tratamento de estabilização do seu quadro de saúde por muitos meses. Hoje, a vítima ficou tetraplégica e ainda enfrenta outros problemas de saúde, como as feridas que aparecem na pele por permanecer muito tempo na mesma posição e debilitações, sendo necessário ser auxiliado por uma enfermeira durante 24 horas.

Em seu depoimento, o acusado disse que não teve a intenção de matar e que estava muito arrependido pelas consequências das agressões, sendo que se pudesse voltar no tempo não teria feito tal ato. O acusado também relatou que quando fica muito nervoso não se lembra das coisas que faz e que no dia do crime apenas se recorda de ver a vítima caída no chão. Segundo ele, ainda foi até a vítima e pediu desculpas, porém ao perceber que estava imóvel no chão saiu correndo e buscou ajuda junto a um policial militar que se encontrava na festa, relatando o ocorrido.

Após todas as partes serem ouvidas, o júri composto por sete pessoas que representou toda a comunidade de Araxá reuniu-se com o juiz Renato, o promotor Fábio e o assistente de acusação, Wisley Silfarley, sendo proferida a condenação às 15h54, de terça-feira, 27. As mães do réu e da vítima e outros familiares acompanharam o julgamento até a leitura da sentença feita pelo juiz.

 

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