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A esperança é o que nos faz superar as mais difíceis situações para seguir em frente em busca dos nossos objetivos. Sem ela, paramos no meio do caminho ou mesmo retrocedemos em função da falta de perspectiva, alterando todo o nosso planejamento. A falta de metas faz com que as ações aconteçam ao esmo e não em função de resultados buscados, trabalhados, acalentados. Por isso, neste momento de instabilidade política vivenciado pelos araxaenses e que pode estender-se até quando ninguém sabe ao certo, é preciso traçar as direções e persegui-las num esforço conjunto em prol de Araxá.
Enquanto cada um desses lados antagônicos politicamente continuar a esticar a corda em sentido oposto, a cidade arrasta-se, mal saindo do lugar. O eleitor esperava um novo ritmo de desenvolvimento do município que depois de duas décadas tinha conseguido ocupar as importantes e clamadas representatividades nas esferas estadual e federal. No entanto, ao invés da sintonia que deveria existir entre o prefeito, deputados e lideranças, a população assiste perplexa a desunião e desatenção com os interesses coletivos, como se o poder estivesse acima de tudo. O que tem ocorrido aqui deixa de ser uma questão de justiça diante da injusta situação vivenciada pela comunidade. Neste momento, independentemente das disputas Judiciais que terão o seu prosseguimento, deveriam soltar cada uma das pontas dessa corda porque o que está em jogo não é brincadeira.
Quiçá, numa inspirada ação, seja possível firmar um termo de compromisso com as prioridades ansiadas pela população em serviços, obras e investimentos de forma que não exijam uma solução de continuidade. Ou seja, a construção de uma agenda positiva que possa ser abraçada por todos, seja lá qual for o seu lado político, sem qualquer revanchismo e vaidade. Chega de tratar a cidade como se fosse de um determinado grupo político, ao ponto de impedir uma ou outra iniciativa para não ter que dar os devidos créditos e, dependendo de quem faz, ao invés de trabalhar a favor preferir postergar algo que é em benefício da população. Será que esses políticos, empresários, lideranças, qualquer um que represente uma força a mais conseguem dar pelo menos uma trégua e lutarem juntos por questões estratégicas e fundamentais para a cidade?
Quem se negaria a comparecer num grande fórum ou audiência pública para elencar o que deve ser feito de comum acordo com todos para que seja levado ao término independentemente da situação política de Araxá, de quem vai estar ou não no governo? É possível citar um rol de providências há muito esperadas pela população, muitas em andamento, então, por que não fechar esse acordo em torno destas deixando as divergências apenas no campo político? É preciso elevar o padrão de relacionamento estabelecido na cidade que hoje parece limitado ao pessoal, pois pode ser que na próxima semana o prefeito Jeová Moreira da Costa tenha que deixar o cargo mais uma vez, quando o presidente da Câmara Municipal, Miguel Jr., volta a assumi-lo interinamente e, em seguida, seja transferido para o deputado federal Aracely de Paula que, mesmo sendo empossado, pode ter que desocupá-lo mediante uma decisão em instância superior para que o prefeito eleito permaneça no seu exercício até a decisão final. Além do mais, o julgamento definitivo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode ser favorável ou não à cassação de Jeová. Portanto, por um tempo ainda prevalece essa indefinição cujo impacto pode ser amenizado com boa vontade e humildade de todos.