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A população está assustada com a desordem política estabelecida na cidade, afora os que se expõem torcendo pelo desfecho desejado no litígio pelo governo municipal, a maioria mesmo mostra-se apreensiva e indignada com esse suspense. Isso porque a prefeitura é a maior empregadora e responsável por boa parte dos negócios e serviços que giram na cidade, onde agora se reflete a instabilidade. Um clima que não é propício à normalidade, muito menos ao desenvolvimento econômico e social. Tudo tende à estagnação desde o início dessa disputa e ainda não dá para esperar o desfecho final, numa contagem onde um dia passou a ser uma eternidade para uns e um minuto para outros.
Hoje, prevalece a descrença e a falta de perspectivas, pois não dá para planejar nada. É viver um dia após o outro num clima que incomoda e convida ao desleixo com a cidade. Quantos projetos pela coletividade estão parados ou não serão mais iniciados? Com qual credibilidade as lideranças vão buscar as conquistas para o município? A finalidade dessa disputa contempla o bem de quem? Se toda causa tem um efeito, qual a perspectiva que está em construção na cidade? O que está sendo plantado agora com vistas à próxima safra? Como estabelecer as prioridades de governo?
Nesta semana, iniciou-se mais uma vacância no governo que está sendo suprida pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Miguel Júnior, nomeado como prefeito interino na quarta-feira, 11. Sem dúvida, ele é o prefeito da cidade e já demonstrou que está correndo atrás do que é possível fazer, mas tem tempo marcado para deixar o cargo, o que deve ocorrer no máximo em 15 dias. Portanto, Miguel pode querer nomear as pessoas de sua confiança, mas por quanto tempo? Pode ter muitos projetos e ações em mente, mas como executá-los a tempo? Com certeza, esse tempo não será suficiente para ele e equipe se inteirarem de tudo o que é preciso, desencadear as ações e obterem os resultados. Então, por isso, vão ter que triar o que é possível ou não fazer em tão curto período de tempo, correndo o sério risco do imediatismo.
Uma situação que não será muito diferente para Jeová se depois de deixar a prefeitura conseguir retornar por força de um recurso judicial, já que governará à sombra de uma decisão final que pode ser rápida ou nem tanto, não é possível prever até quando. Da mesma forma, se o deputado federal Aracely de Paula chegar a ser empossado como prefeito, cuja diplomação está marcada para o próximo dia 26, também só terá certeza mesmo da sua permanência no cargo até o fim desta gestão após o julgamento final das ações. O período eleitoral inicia-se em julho próximo e estende-se até outubro, no qual tudo fica em “stand by”. Depois, novembro e dezembro são meses de planejar as ações para o próximo ano e fazer o balanço deste que finda, provavelmente de forma muito aquém para Araxá.
Portanto, não é ser pessimista dizer que dificilmente Araxá retomará o ritmo de crescimento em 2014, quiçá tudo esteja em ordem em 2015. Infelizmente, a atual turbulência política não é a primeira e nem será a última no horizonte da cidade até o fim dessa viagem de destino ainda incerto.