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Um executivo de terno, gravata e pasta passa de bicicleta indo para a empresa. Uma senhora vai às compras em uma bicicleta com cesto na frente. Coisas do primeiro mundo e impensável em Araxá. Não é da nossa cultura.
A cidade de Hamburgo, na Alemanha, tem um projeto de transformar 40% da cidade em áreas verdes. As avenidas vão virar ciclovias, estimulando o uso de bicicletas no lugar de carros. Racionalmente sabemos que é mais saudável pelo exercício físico, pelo ar mais limpo, pelo silêncio e por ser mais barato e de menor custo social. Mas o carro é um símbolo de status, no 3º mundo. Como vou saber o valor de uma pessoa, se ela não está de carro?!
Em vários países da Europa, os projetos de bairros novos e condomínios começam pelas ciclovias. Os bairros velhos são reformados para incluí-las. As ciclovias valem muito mais que as ruas. Pedalar por uma ciclovia significa qualidade de vida: silêncio, exercício físico, prevenção de doenças, aumento da longevidade, menos tensões. Coisas de rico!
A alternativa de ciclovias deve ser democraticamente oferecida em Araxá para aqueles que quiserem usá-las. Aqueles que já moraram no primeiro mundo ou não. Araxá pode ser pioneira! Já andei pensando sobre isso e tenho a seguinte sugestão, para curto, médio e longo prazo.
As ciclovias devem procurar acompanhar as curvas de nível do terreno. Com isso, ficamos com duas ótimas possibilidades.
a) “Ciclovia dos Córregos”, pelas avenidas Wilson Borges e Dâmaso Drummond. Ela possuiria cinco nascentes: Wilson Borges, que se encontra com a av. Divino Alves Ferreira na pista de skate, descendo, recebe a Tonico Veloso, pegando a Dâmaso Drummond, encontrando com a João Paulo II, descendo beirando o córrego até a rotatória no final da Dâmaso Drummond. Dali bifurca. Pode seguir em frente beirando o córrego atrás da rua Pará até passar sob a ponte da BR 262, seguindo até onde for de interesse. Ou, então, entrar à esquerda na rotatória e subir a rua Rio Grande do Sul (Casa do Caminho) até a av. Min. Olavo Drummond integrando-se com a outra ciclovia dos Trilhos.
b) “Ciclovia dos Trilhos”, que seria por perto dos trilhos da ferrovia, incluindo a avenida Aracely de Paula. Começaria no bairro Salomão Drummond, passando pelo alto da Santa Rita: avenida Washington Barcelos, rua Honório Abreu e Filomena, seguindo em frente até onde quiser. Um pouco antes da Copasa, entrar à direita pela antiga estrada de Patos, chegando à av. Tonico Veloso integrando-se com a Ciclovia dos Córregos. Atravessando, chega à rua Terêncio Pereira subindo à esquerda, seguindo até onde for de interesse, podendo pegar à direita, seguindo os trilhos até o Pau de Binga. Também pode pegar à direita pela travessa Manuela Silva, rua Santo Antônio em direção aos loteamentos Mangabeiras, chegando até à rodovia para Sacramento perto da ferrovia e do Parque das Flores. Na rotatória da João Moreira Sales bifurca. À esquerda, segue a rodovia até lugares bonitos de cachoeiras, que são muitos, incluindo o Horizonte Perdido. Depois da entrada da Estrada Velha do Barreiro haveria outra bifurcação para descer ao Barreiro, chegando pelo campo de futebol, seguindo até a Cascatinha e outros lugares. À direta, pega a Aracely de Paula, (com a opção de cortar caminho na rotatória da Fertisa), segue para a cidade, cortando a avenida Senador Montandon e, depois, a avenida Imbiara, contorna seguindo até o fim, pegando a avenida José Ananias de Aguiar (Comboio). Bifurca no bairro Boa Vista. À esquerda, continua seguindo os trilhos em direção a BR 262 e Ibitimirim; em frente, pega a Olavo Drummond. Bifurca para o aeroporto, chegando ao Clube Paineiras. Dali poderá pegar a rodovia da Antinha ou indo pela BR 262 poderá fechar o circuito entrando pelo acesso à Ítalo Ross, só que tem descida e subida forte na rodovia. Também poderá não entrar para o acesso ao Clube Paineiras e seguir nas outras duas direções: Uberaba e Distrito Industrial.
Estamos pensando em utilidade, passeios e turismo. Outra integração entre as duas ciclovias é partindo da Wilson Borges pela Calimério Guimarães um quarteirão, Olegário Maciel um quarteirão, pegando a Getúlio Vargas, entrando à esquerda pela Virgílio de Abreu e também pela praça Arthur Bernardes, para pegar a Ciclovia dos Trilhos.
Só essas duas ciclovias possibilitariam a muitas pessoas irem de bicicleta para o trabalho ou passeio, deixando em casa o carro. As pessoas sairiam de suas casas, dirigindo-se para a ciclovia mais próxima, contando também com ciclo faixas. Há muitas outras possibilidades nos outros bairros. Seria uma excelente opção de passeio para nós mesmos e para os turistas. Ir ao clube de bicicleta. Ir ao Barreiro e outros passeios.
Bairros novos devem prever ciclovias com prioridade sobre carros. É preciso sonhar! É preciso prever! É preciso ter projetos!