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EDITORIAL - A hipocrisia da desconstrução
29/09/2014, às 09:20:31

As ditas meias verdades têm feito muito mal a Araxá, ou seja, a conveniência de revelar só um lado dos fatos e omitir outros conforme os interesses políticos e pessoais, o que quase sempre acontece em detrimento da coletividade. Mais grave, é que esse comportamento que tem sido tão comum acaba criando inverdades que maculam não só quem é alvo das críticas que desconstroem, mas também a cidade, ultimamente muito afetada por essas posturas hipócritas. De forma que se estabeleceu um círculo vicioso, no qual boa parte dos políticos da cidade têm sido vítimas e algozes, ou seja, acreditam que ao serem alvos dessa política mesquinha têm o direito de revidar da mesma forma. Essa prática está destruindo a boa política, a que favorece o desenvolvimento socioeconômico da cidade como um todo.

 

A maior parte da população de Araxá está cada vez mais descrente, tanto em relação à situação quanto à oposição política porque comungam o agir pela desconstrução. “Se fulano fez assim, eu também posso fazer. Se eu fui prejudicado, também posso prejudicar” e assim não vislumbram uma nova prática política que no sentido literal é “o modo acertado de cuidar dos negócios públicos e habilidade no trato das relações humanas”. Mas, o “olho por olho, dente por dente” na disputa pelo poder tem infestado a cidade, de forma que muita coisa boa para a comunidade que poderia ser concretizada é postergada ou não acontece.

 

Não há perspectiva de virada desse jogo, pelo contrário, as atitudes constatadas nos poderes Executivo e Legislativo indicam o acirramento dessa política. Ao ponto de vibrarem com o mal sucedido e até de se esforçarem para que assim seja de qualquer forma, com um pondo a culpa no outro num jogo que destrói Araxá. Um agravante tem sido a utilização do Ministério Público (MP) e do Poder Judiciário de forma desrespeitosa com a seriedade do trabalho que realizam, porque são citados não como instrumentos eficazes de Justiça e equilíbrio social, mas de pressão, persuasão e martírio.

 

A imprensa é outra parte desse jogo sujo, porque os que se enquadram a favor de uns ou de outros são idolatrados, bajulados, controlados e usados para a politicagem. Hipocritamente, agem como se existisse o lado certo e o errado. Os que exercitam a saudável prática de ouvir todos os lados, de não se submeterem ao comando político, de procurar distinguir claramente a opinião da informação, de não manipularem os fatos viram espelhos e alvo da maledicência que distorce e não mede as consequências para desconstruir pessoas. 

 

A população tem sofrido diante da constatação de que apesar de Araxá oferecer uma boa qualidade de vida e ainda ter um enorme potencial a ser explorado, está à mercê dessa velha prática política da acirrada desconstrução, que deixa no ar o negativismo, o pessimismo, entrava o que poderia vir em benefício de todos através da sólida e despretensiosa união em prol das válidas causas sociais. No entanto, do sofrimento surge a luz, tanto que são cada vez mais comuns as queixas dos cidadãos. Essa crescente insatisfação que não é apaziguada sem dúvida se refletirá nas urnas, embora essa conjuntura pareça impedir o surgimento de lideranças políticas que no mínimo provoquem o sentimento de capacidade de romper com esse círculo vicioso. 

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Clarim
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