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O deputado estadual Bosco (PTdoB) consolida-se dentre as principais lideranças políticas mineiras, assegurando não só o espaço de Araxá como o da microrregião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), como deve ser. Ele conseguiu quase 80% dos votos do eleitorado araxaense, numa conjunção do bom trabalho realizado no primeiro mandato na ALMG, como também do quadro da disputa local que lhe foi extremamente favorável. Tanto que estrategicamente para não dividir esse eleitorado esteve com todos os principais candidatos a deputado federal que vieram para ocupar o vazio da cidade que vem perdendo politicamente não é de hoje. Com os mais de 72 mil votos obtidos em Minas Gerais, Bosco conseguiria ser eleito se tivesse concorrido à Câmara Federal. No entanto, estaria “cobrindo um santo e descobrindo outro”, por isto a decisão de ampliar o seu espaço num segundo mandato como estadual e, na próxima disputa, concorrer a federal ainda com mais força foi acertada. Nesse trajeto, estão as eleições municipais de 2016, nas quais não deve ser protagonista, mas terá um papel importantíssimo. O que mais se escuta por aí, é o cansaço dos araxaenses que esperam desta vez nomes de fora do tradicional circuito para a disputa da prefeitura. Tudo indica que ele não vai abrir mão da trajetória ascendente em que está para disputar pessoalmente a prefeitura, mas deve sim esforçar-se ao máximo para influenciar nessa escolha que pode somar-se ao seu projeto político.
Frágil união
A disputa de votos para as candidaturas federais em função da falta de nomes da própria cidade desnudou a fragilidade da composição feita para a disputa da prefeitura em 2012, o que sem dúvida pesou à época para a eleição do prefeito Jeová Moreira da Costa. A falta de liga era tanta, que bastou mais um pleito para que dividissem mais uma vez os votos do eleitorado araxaense. Na ponta de cada um desses lados estiveram o deputado federal Aracely de Paula (PR) pedindo votos para Mario Heringer (PDT) e o ex-prefeito Antônio Leonardo Lemos Oliveira (sem partido) para Marcos Montes (PSD). A capacidade de mobilização dos dois equilibrou a balança, porque Montes recebeu 8.900 votos em Araxá e Heringer 8.349 e se estivessem juntos como no recente passado poderiam conseguir até 20 mil votos para federal apoiando um só nome ao cargo no município. Antônio Leonardo pelo menos foi coerente, apoiou o mesmo candidato a federal da disputa de 2010, que se não é de Araxá tem muitos vínculos pessoais e políticos por aqui e é da região, está bem próximo, em Uberaba. Já o candidato de Aracely é de Manhumirim, praticamente ninguém tinha ouvido falar dele antes desse pleito e, para complicar, preside o PDT no Estado que quer expulsar o prefeito Jeová Moreira ironicamente por infidelidade partidária. Outro nó na cabeça do eleitor foi dado pela ex candidata a vice-prefeita na chapa de Aracely, Lídia Jordão. Isso porque entrou na política pelas mãos do ex-prefeito Antônio Leonardo, mas esteve ao lado de Aracely no apoio a Heringer. Como os dois foram eleitos, vamos ver quem fará mais jus a esses votos. Outro grupo que apoiou Aracely para prefeito, mas não o seguiu na questão do federal, é o capitaneado pelo ex-vereador e presidente do DEM em Araxá, Mateus Vaz de Resende, que conseguiu expressiva votação para o candidato Carlos Melles (DEM), 5.146 votos. Melles também não é da região, mas já era conhecido do eleitorado araxaense não só como deputado federal, como também ex-secretário de Estado e é outro deputado federal que deve puxar para a cidade. Os três candidatos mais votados para federal na cidade, chegaram lá, isto é positivo.