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Leila Ferreira marca presença no Fliaraxá
21/10/2014, às 08:02:52

 

 

Como expectadora, escritora e mediadora, a jornalista araxaense Leila Ferreira esteve presente nas três edições do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá). A caçula e única mulher, junto com os quatro irmãos integram uma família tradicionalmente envolvida com o jornalismo e a literatura. Para Leila, ainda é preciso que a população da cidade aproveite mais o festival. 


Na primeira edição em 2012, Leila acompanhou a programação do Fliaraxá como expectadora. “Numa alegria impossível de descrever, de ver a minha cidade voltada para os livros, abraçando um festival literário, foi emoção desde o primeiro minuto”, conta. Já na segunda edição do festival, ela lançou o livro de crônicas “Viver não dói”, Editora Globo, junto com o irmão Dirceu Ferreira que lançou o livro dele “Tirem a Piscina que Eu Quero Pular!”, de frases de humor e cartuns (ilustrações de Nani), edição independente. “Então, foi uma alegria dobrada que ficou triplicada porque o Marcel (sobrinho, filho do irmão Ronan Ferreira) lançou aqui também o livro sobre Kardec, ele é biógrafo do Chico Xavier. E quadruplicada, porque o Evandro (Ferreira) nosso primo também lançou livros aqui. E nós fizemos um quarteto familiar, uma emoção que eu acho que foi um teste para o nosso coração”, diz.


Na edição deste ano do Fliaraxá, Leila mediou conversas com escritores. Na quinta-feira, 9, ela esteve com Martha Medeiros falando sobre “Os Dramas, Dilemas e Risos do Dia-a-dia: Uma Questão de Geração?”, sob o olhar da cronista para temas importantes e triviais. Na sexta-feira, 10, Leila mediou o bate papo com Márcia Tiburi, sobre o tema “Filosofia Prática: Ética, Vida Cotidiana, Vida Virtual”. E no sábado, 11, ela conduziu a entrevista com Clovis de Barros Filho, sobre “A Ética e a Prática Escolar: Na Busca por um Mundo Melhor” – “que é um craque da filosofia”, comenta. Para ela, o público araxaense no evento muito menor do que o esperado. “Infelizmente, a literatura tem essa conotação meio elitista ainda. Acho que muito menos hoje, mas ainda conserva um pouco, muita gente ainda tem um pouco essa imagem de um gueto de escritores cercados por iniciados e não é assim. Outro dia, dizia que a primeira grande viagem que fiz na vida foi na biblioteca pública de Araxá, quando fiz minha carteirinha e saí carregando meu primeiro livro, aos 12 anos. Ali, já tive certeza que a literatura era para todos e por todos, porque o que ela faz por nós é imensurável”, afirma. Leila acrescenta que o festival literário é a oportunidade que as pessoas têm de se certificar que os livros são uma viagem que está ao alcance de todos.


“Não é preciso ter passaporte, visto de permanência em nenhum país, é um território aberto e que acolhe. Aqui estão escritores de todas as gerações, de vários estilos, é a oportunidade das pessoas se encontrarem e conversar com eles; tem uma livraria vendendo livros de todos os gêneros e fico na maior alegria, emocionada mesmo, ao ver que Araxá ganhou um presente como este festival literário. Mas, ao mesmo tempo, tem uma coisa que me entristece, é que eu queria ver esse lugar aqui cheio de pessoas. Não me conformo de ver um Ruffato, Humberto Werneck, Fabrício Carpinejar, falar para um auditório que podia ter muito mais gente, porque são pessoas brilhantes, que falam de forma acessível, apaixonada e apaixonante, sobre a vida, o amor, a infância, o enamoramento pelas palavras. A gente aprende tanto ouvindo essas pessoas, se emociona. O meu sonho é ver esta antiga estação ferroviária cheia de araxaenses, se emocionando e rindo juntos, nessa viagem dos livros. É um evento gratuito, não é preciso comprar nenhum livro, ir ao auditório ouvir os escritores e sair, aqui se gasta apenas emoção”, afirma. Leila espera que na quarta edição o movimento seja muito maior no decorrer do festival. “Araxá tem que descobrir realmente o que é esse festival literário. É o maior presente que a história cultural da cidade já ganhou, nós temos que acreditar nisso e participar desse presente”, ressalta.


Exemplo - Luis Fernando Prado, 14 anos, estuda na Escola Municipal Pedro Alves de Paiva, município de Ibiá, e mais uma vez veio passar uns dias com a tia em Araxá para participar ativamente do III Fliaraxá. Segundo ele, conheceu o festival na primeira edição, há três anos, quando a professora que é de Araxá lhe entregou um panfleto do evento. “Então, eu disse, não posso perder porque eu gosto muito de ler. Eu vim com o meu pai, participei e adorei, estava o Ziraldo e muitos escritores bons.”


Segundo ele, só foi possível retornar ao festival neste ano. “Eu conheci muitas pessoas e este ano foi ótimo, muito boa a organização, está perfeito, as palestras muito boas. Eu adoro escrever e ler, leio muito mesmo, tudo que chega em minhas mãos”, diz. Ele acrescenta que gostou muito do escritor Luiz Ruffato. “Ele foi o que mais me chamou a atenção, que eu conheci, conversei com ele, as palestras dele foram muito interessantes.” Luis Fernando torce para que o festival sempre aconteça. “Por mim, mais do que uma vez ao ano, porque é uma coisa cultural muito boa. Mesmo não gostando de ler, vir aqui é ótimo, muito bom. Ler é fazer um mundo melhor, porque você aprende as coisas, vê a opinião no ponto de vista de outras pessoas e refletindo você está melhorando o mundo”, afirma.

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