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A Prefeitura de Araxá voltou a recolher o lixo orgânico produzido pela cidade de segunda-feira a sábado, conforme informa o secretário municipal de Serviços Urbanos, Marco Antônio Rios. "Quando nós assumimos, dos oito caminhões que faziam a coleta diária, durante dois dias (terça e quinta-feira) recolhiam o lixo reciclável, com prejuízo da coleta do lixo orgânico", afirma. Segundo ele, ainda existem algumas dificuldades, mas o objetivo é fazer a coleta seletiva em toda a cidade pelo menos uma vez por semana.
De acordo com o secretário, a primeira medida foi recuperar todos os caminhões para fazerem a coleta diária do lixo urbano, mesmo com prejuízo em relação à coleta seletiva. "E estamos quantificando esse serviço para verificar a necessidade inclusive da aquisição de mais caminhões", diz. Ele acrescenta que para a coleta seletiva a prefeitura tem hoje dois caminhões e cada uma das três cooperativas possui mais um. "O que vale é que o lixo seco quando é selecionado de forma correta pode ser coletado apenas uma vez por semana, porque não vai atrair vetores e nem mau cheiro. Então, daí a nossa alternativa de priorizar o lixo orgânico, porque mesmo depois de separá-lo, se for o dia do seco ser recolhido, a dona de casa acaba descartando o arroz e o feijão de ontem junto com o reciclável e esse material é carreado para as cooperativas, onde cria-se mais um problema", diz. Marco Antônio informa que a demanda por veículos para o recolhimento do lixo seco também será quantificada. "Vamos fazer um programa de divulgação intensa, determinando um calendário para a coleta desse lixo reciclável para que a gente possa estendê-la por toda a cidade."
De acordo com o secretário, existe um problema em relação à contratação de motoristas e garis pelo poder público. "Como é por concurso, você tem certa dificuldade na substituição deles. Então, quando falamos às vezes na terceirização, é da mão de obra, para ter flexibilidade e versatilidade de dispensar um motorista ou um gari e colocar outro, que não são as mesmas do serviço público, onde se tem necessariamente que fazer a contratação através de concurso", esclarece.
Aterro sanistário - O prefeito Aracely de Paula cancelou o termo de cooperação técnica que permite o depósito do lixo oriundo de Pratinha e Ibiá no Aterro Sanitário de Araxá, a partir de 1º de janeiro de 2015. "Do ponto de vista ambiental, essa deposição não é correta. Estamos tentando agora renovar a licença ambiental do aterro sanitário e no licenciamento original não havia a previsão de Araxá receber lixo de outros municípios. Inclusive, a vida útil do aterro projetada para 20 anos não considerava esse incremento", explica o secretário municipal de Serviços Urbanos, Marco Antonio Rios.
Ele esclarece que hoje a vida útil do aterro que foi inaugurado em junho de 2008 pode ser estendida por mais uns cinco anos com a coleta seletiva. Porém, Marco Antônio acrescenta que com esse termo firmado no início deste ano para o recebimento do lixo de outras cidades a vida útil do aterro seria reduzida. "Tendo em vista que Ibiá deposita cerca de 220 toneladas e Pratinha 22 toneladas de lixo por mês, que não é separado e não há uma seleção. Então, esse lixo contaminado vem também para o aterro de Araxá e ainda correndo o risco de não conseguir a renovação do licenciamento dos órgãos de meio ambiente para a sua operação porque não foi projetado para isso", diz o secretário. Ele destaca que Araxá já promove a coleta seletiva de recicláveis e tem destinação própria para o lixo hospitalar que é incinerado. Segundo ele, não há conveniência do ponto de vista do interesse público em receber resíduos sólidos de outros municípios.