A Polícia Civil (PC) fechou o cerco contra o furto de gado no Alto Paranaíba. Uma operação iniciada na última sexta-feira, 29, já prendeu sete pessoas suspeitas de participação em uma quadrilha que seria a responsável por 80% dos crimes desta modalidade ocorridos nos municípios de Araxá, Ibiá, Perdizes, Santa Juliana, Sacramento e São Gotardo. Os investigadores ainda fazem rastreamentos na tentativa de localizar outros três envolvidos. Eles seriam os mentores dos crimes.
As prisões ocorreram em cumprimento a mandados de prisão temporária expedidos pelo Poder Judiciário. De acordo com o delegado Heli Geraldo de Andrade, da 43ª Delegacia Regional de Polícia Civil (43ª DRPC), as investigações tiveram início em janeiro deste ano devido ao aumento de ocorrências de furtos de gado e assaltos à mão armada em fazendas e chácaras na região. Em 2010, foram registrados 31 furtos na zona rural de Sacramento, 17 em Ibiá, 16 em Perdizes, 14 em Araxá e sete em Santa Juliana.
De acordo com André Luis de Campos, delegado da Polícia Civil de Ibiá designado para presidir as investigações, entre os suspeitos está um empresário do ramo frigorífico de uma cidade no interior de São Paulo apontado como receptador do gado furtado. Mas, além do abate, há indícios que parte das cabeças de gado era vendida em leilão já que todos os investigados negociavam compra e venda de gado como atividade profissional.
Segundo o delegado as propriedades alvo das ações eram escolhidas de acordo com a vulnerabilidade. “Quanto mais distantes e quanto menos dispunham de vigilância, melhor era para eles”, diz. Além disso, os suspeitos também levavam em conta o número de cabeças de gado na propriedade. “Quanto mais gado, maior era a chance de rentabilidade”, afirma. As investigações ainda continuam na tentativa de localizar os materiais e veículos usados nas ações.