Semana da Pessoa com Deficiência propõe reflexões sobre seus direitos

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   Com o firme propósito de defender os direitos das pessoas com deficiências que são garantidos pela Constituição Federal, a Associação de Assistência à Pessoa com Deficiência de Araxá (Fada), a Associação dos Surdos de Araxá (Asa) e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) realizam a XII Semana da Pessoa com Deficiência de Araxá, no decorrer desta semana. A programação conta com diversas atividades que serão desenvolvidas até este domingo, 28.
   A solenidade de abertura realizada na Câmara Municipal de Araxá na segunda-feira, 22, contou com a participação de autoridades e lideranças de vários segmentos da comunidade.
   Maria da Conceição de Aguiar dos Santos, mais conhecida como Cota, tem uma história de vida que se confunde com a história da Fada. Ela participou na linha de frente de todos os momentos e lutas da entidade e hoje é colaboradora da organização como voluntária. De acordo com ela, em primeiro lugar o ideal seria que as pessoas com deficiência pudessem usufruir de todos os direitos, mas os recursos destinados a elas não conseguem garantir nem o essencial, a acessibilidade, porque sem ela é impossível ir e vir de qualquer parte. Cota acrescenta que, no mesmo patamar da acessibilidade, está o direito à reabilitação e tratamento.
   Ela diz que o governo cobra, mas não oferece condições para as instituições promoverem a reabilitação e o tratamento. Cota informa que na Fada são realizados em média 5 mil atendimentos de reabilitação por mês, mas muitas vezes, de nada adianta reabilitar alguém que não tem condições de comprar uma prótese ou um aparelho ortopédico para continuar o tratamento.
   De acordo com Cota, o governo deveria doar próteses e pernas mecânicas que custam em média R$ 8 mil. Ela explica que Araxá está sob a jurisdição do Centro de Reabilitação Regional, instalado em Uberaba, que não atende nem 30% da demanda da região.
   Outra questão apontada por Cota como agravante está no fato de que crianças e idosos têm prioridade de reabilitação e tratamento. Na opinião dela, jovens e adultos sem tratamento apropriado ficam impedidos de ir para escola ou para o mercado de trabalho. “Nós estivemos este mês numa conferência no Conselho Nacional de Assistência Social em Brasília e colocamos essa preocupação, que inclusive é defendida por outras instituições e outros políticos. E agora a gente espera que o governo pense melhor nesta situação e passe a remeter mais verba para este tipo de ajuda”, afirma.

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