Vereadores aprovam repasses de R$ 700 mil para filme e mais de R$ 1,1 milhão para entidades em contrapartida

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    Os vereadores aprovaram o repasse pelo Executivo de R$ 700 mil para a gravação do filme “Vazio Coração” em Araxá, por 5 votos a 4, nesta terça-feira, 22. O vereador José Maria Lemos Júnior (Juninho/Dem) não votou com os colegas da oposição, definindo a polêmica a favor do repasse que corresponde a 80% do custo total da filmagem, orçada em R$ 908 mil. Segundo ele, posicionou-se a favor do filme porque, por outro lado, o Executivo fez um repasse total de R$ 1.150 milhão para entidades da cidade.        
  O parecer da Comissão de Finanças, Justiça e Legislação (CFJL) formada pelos vereadores Lídia Jordão (presidente/PP), Juninho e José Gaspar (Pezão/PMDB) foi contrário à aprovação da matéria. “Não há interesse público e nem a previsão dessa despesa no Setor Cultura e Turismo do Plano Plurianual, nada referente a projetos desta natureza. Aliás, no segmento de turismo, existe uma previsão de apenas R$ 430 mil para os quatro anos, bem aquém dos R$ 700 mil propostos”, justifica Lídia. Além dela, votaram contra o projeto os vereadores Marco Antônio Rios (PSDB), Mateus Vaz de Resende (Dem) e Weliton Cardoso (Dem).
   O vereador Carlos Roberto Rosa (PP) disse no decorrer da discussão do projeto que por ser presidente não votaria, mas gostaria de declarar a sua posição favorável ao repasse. Os cinco votos que garantiram 80% dos recursos necessários para a produção do filme em Araxá que tem um orçamento total de R$ 908 mil foram dados pelos vereadores Juninho, Márcio de Paula (PR), César Romero (Garrado/PR), Pezão e Alexandre Carneiro (Irmãos Paula/PR).
   Juninho justificou o seu voto para os colegas da bancada de oposição, dizendo que quando o projeto de lei chegou à Casa ele disse que seria a favor porque era importante para divulgar a cidade turisticamente, desde que as entidades estivessem recebendo recursos do Executivo, como a Apae, a Reserva Ecocerrado, a Fada e o Recanto do Idoso São Vicente. Ele acrescentou que sentiu-se “desarmado” depois, com o envio pelo Executivo à Câmara dos projetos destinando recursos não só às entidades que havia citado, como também para outras num total de R$ 1.150, superior aos R$ 700 mil para o longa-metragem. “Eu fiquei desarmado perante os convênios que chegaram, talvez vou ser penalizado, mas por outro lado as entidades vão estar assistidas e satisfeitas comigo. Falta ainda os repasses para a Celb e o CVT que venho cobrar agora”, disse na discussão do projeto.  

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O filme
   “Vazio Coração” tem duração prevista de 90 minutos e será gravado em junho e julho próximos, locações em Buenos Aires, na Argentina, Jataí (GO), Cidade de Goiás (GO) e Araxá, onde devem ser feitas 80% das cenas. De acordo com o roteiro, estão previstas para Araxá as gravações de 89 das 151 sequências. A previsão total de gastos com o longa metragem é de R$ 908.423,23 e, além do repasse de R$ 700 mil da Prefeitura de Araxá, a captação de recursos também está sendo feita junto aos governos de Goiás e Minas Gerais, a prefeitura de Jataí e a Rede Tauá de Hotéis.
   O elenco do longa-metragem é composto por atores conhecidos nacionalmente, como Murilo Rosa que faz o papel principal, Eva Wilma, Othon Bastos, Juca Oliveira, Luiz Carlos Vasconcelos, Patrícia Naves e Karlla Braga. Antes de votarem a matéria, os vereadores reuniram-se com o diretor Alberto Araújo e a produtora Débora Torres, no último dia 17. Durante mais de duas horas, os cineastas explicaram o enredo do filme aos vereadores. “Eles ficaram de voltar dentro de 30 dias para um encontro que será aberto e devem trazer parte do elenco à cidade”, disse o presidente Roberto após essa reunião.
   O drama narra a luta de um filho para reconquistar a confiança do pai. O diretor Alberto Araújo pretende promover o cinema goiano e mineiro através de uma história onde ficção e realidade se misturam. A estreia de Vazio Coração está prevista para janeiro de 2012 e é a primeira vez que o cineasta dirige um longa-metragem, embora já tenha sido premiado com um curta-metragem gravado no Grande Hotel de Araxá no período em que esteve fechado, intitulado “Senhora Solidão”.

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