A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou duas prisões por estupro de vulnerável em um intervalo de dois dias, em ações que destacam a gravidade dos crimes sexuais cometidos no âmbito familiar no estado.
Prisão em Lagoa Santa
Na segunda-feira, 17 de novembro, a PCMG cumpriu um mandado de prisão contra um homem de 42 anos, suspeito de abusar sexualmente da filha, de 4 anos, e da enteada, de 14.
A prisão preventiva ocorreu no bairro Vitória da União, em Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Vespasiano. Dois inquéritos distintos tramitam na delegacia sobre os crimes.
Cronologia da violência
De acordo com a titular da Deam Vespasiano, delegada Nicole Perim, os abusos foram reportados após denúncia ao Conselho Tutelar. A primeira denúncia, em novembro de 2024, partiu da adolescente, que relatou ter sido abusada pelo padrasto por cerca de dois anos, culminando em relação sexual três meses antes da queixa. Em seguida, a PCMG representou pela prisão e expediu medidas protetivas. No entanto, um novo relato chegou em março deste ano: o suspeito teria abusado também da filha de 4 anos. A criança confidenciou a uma psicóloga do Conselho Tutelar que o pai a beijava e “doía muito”.
A Polícia Civil formalizou uma nova representação para a prisão, com pedido de escuta especializada da criança. Ao ser preso, o homem negou os fatos, alegando que a enteada teria inventado a história por vingança após ele ter contado à mãe que ela estava matando aulas.
Prisão em Carmo do Cajuru
Nessa terça-feira, 18 de novembro, a PCMG efetuou uma segunda prisão por estupro de vulnerável, desta vez em Carmo do Cajuru, na região Centro-Oeste de Minas. O preso é um homem de 47 anos, investigado por crimes cometidos contra a própria filha, de 13 anos.
As investigações começaram em 17 de outubro, após a adolescente denunciar o crime à mãe e à diretora da escola.
O inquérito policial aponta que os abusos ocorreram em diversas ocasiões, com o pai tocando a filha sem consentimento e se tocando diante dela, além de exigir que a vítima ficasse nua.
Confissão e mudança de versão
O suspeito inicialmente confessou os abusos à esposa, alegando ter sido “um momento de fraqueza”. Contudo, em depoimento formal na delegacia, ele negou os fatos, acusando a filha de inventar a história para poder “namorar à vontade“, e alegando que a esposa teria problemas mentais.
O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça com o indiciamento do pai pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal).
Importância da denúncia
O delegado Weslley Amaral de Castro, responsável pelo caso em Carmo do Cajuru, sublinhou a gravidade da situação: “O abuso sexual de vulnerável, sobretudo cometido por quem deveria proteger, é uma das condutas mais graves previstas em lei”.
Castro destacou que a prisão preventiva é crucial para “interromper a violência” e que a coragem da vítima em relatar os fatos foi determinante para o avanço das investigações.
A PCMG reforça os canais de denúncia:
- Disque 181 (garantia de sigilo).
- Diretamente em qualquer unidade policial.
Fonte: Ascom PCMG
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