O feriado em decorrência do Dia Nacional da Consciência Negra em 20 de novembro suscita a necessária discussão sobre o preconceito até pelo debate gerado entre os que concordam ou não de que é preciso combatê-lo porque ainda está arraigado na sociedade brasileira. A cor da pele faz referência a uma raça historicamente subjugada e sem oportunidades no país ao ponto de hoje embora seus descendentes sejam a maioria da população também são os que têm menor poder aquisitivo.
As questionadas políticas públicas voltadas para essa maioria esmagadora de negros e pobres existem porque a marginalização tem sido relevada e mesmo reforçada por muitos dos ditos privilegiados. Inclusive até por negros que não reconhecem a trajetória de exclusão social de sua raça, levando ao preconceito que faz uns se julgarem melhor do que outros embora de fato sejamos todos gente.
As histórias contadas de pai para filho e nas escolas que demoraram a abrir as portas para os negros reforçaram essa forma até inconsciente de ser preconceituoso ainda prevalente na atualidade. A desaculturação tem sido tão grave quanto a escravidão à medida em que não reconhece e valoriza a importante participação dos negros na composição social do Brasil.
Chamar pela consciência é mais do que adequado porque os negros ainda resistem aos que insistem em não reconhecer todos como seres humanos, independentemente das condições de vida de cada um. Enquanto os donos deixam terras e riquezas para seus filhos conquistadas sabe-se lá a que custo no decorrer destes séculos, os negros precisam se superar diante das poucas oportunidades de estudo e trabalho qualificado ainda hoje.
Apesar dos pesares, a conscientização contra o preconceito avança não só com um dia por ano dedicado ao debate deste problema como principalmente com as ações afirmativas de resgate histórico, visando ampliar oportunidades de vida para quem ainda hoje é injustiçado por causa da cor da pele. E se não pela consciência que seja pela lei da Justiça dos homens que hoje pune os comportamentos discriminatórios.
Araxá foi território de guerra entre colonizadores, índios e negros que fortemente se miscigenaram, dando origem aos seus descendentes mestiços de etnias que ricamente está refletida na sua cultura. Assim como existe um movimento de resistência aos resquícios da colonização, à falta de consciência daqueles que insistem em não entender que ninguém é superior em decorrência da sua raça.
O araxaense “da gema” tem na sua descendência essa mistura reforçada por aqueles que inclusive vieram de vários países e ainda vêm morar na cidade. Essa característica cosmopolita, multicultural que costuma estar presente nos grandes centros urbanos, também está em Araxá embora conserve a qualidade de vida interiorana e, por isto, é tão especial.
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