Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) – O mercado de trabalho brasileiro demonstrou vigor nos últimos meses, com o país e o estado de Minas Gerais registrando saldos positivos expressivos na geração de empregos formais. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou que o Brasil fechou fevereiro de 2025 com a criação de 431.995 novas vagas com carteira assinada, o maior saldo mensal da nova série histórica do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), iniciada em 2020. No acumulado do ano, o saldo nacional atingiu 576.081 empregos.
Em Minas Gerais, o cenário também é de crescimento robusto. O estado somou 105.584 novos postos de trabalho com carteira assinada em 2025 até abril. Somente em abril, foram geradas 29.083 oportunidades, marcando o melhor resultado para o período em toda a série histórica, iniciada em 2020. Com esse desempenho, Minas Gerais acumula 981.224 empregos criados desde 2019, aproximando-se da meta de 1 milhão de oportunidades até o próximo ano.
Investimentos e reindustrialização impulsionam resultados
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu os números positivos à política de investimentos e reindustrialização adotada pelo governo federal. “Nós estimulamos um monte de investimento e esse é o resultado”, afirmou Marinho, destacando programas de reindustrialização para produção de equipamentos de saúde e a motivação para investimentos na transição climática, como a produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF).
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema enfatizou o acúmulo de empregos criados desde 2019. “Isso mostra que estamos no caminho certo, atraindo cada dia mais novos empreendimentos e ampliando a geração de emprego, a capacitação profissional e a renda para a população de Minas”, declarou. A secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela, reforçou que os resultados positivos são fruto de uma política consistente que visa criar um ambiente favorável para empreender, investir e crescer no estado, aliando crescimento econômico com qualificação profissional.
Setores e perfis dos trabalhadores
Nacionalmente, o maior crescimento do emprego formal em fevereiro de 2025 ocorreu no setor de serviços, com a criação de 254.812 postos, seguido pela indústria (69.884), comércio (46.587), construção (40.871) e agropecuária (19.842). O salário médio de admissão no país foi de R$ 2.205,25. A maioria das vagas criadas em fevereiro foi preenchida por mulheres (229.163), e a faixa etária de 18 a 24 anos foi a que mais se beneficiou, com 170.593 postos.
Em Minas Gerais, em abril, o setor de Serviços também liderou a geração de vagas, com 14.744 novas oportunidades, seguido pela Indústria (4.551), Comércio (3.978), Construção (3.704) e Agropecuária (2.111). O perfil dos empregados que mais se destacou em Minas foram homens entre 18 e 24 anos, com ensino médio completo.
Destaque de Minas Gerais no cenário nacional
Minas Gerais consolidou sua posição como um dos principais motores do mercado de trabalho no país. Em abril de 2025, o estado foi o segundo com a maior quantidade de empregos gerados no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo (72.283). Com um estoque de mais de 5 milhões de empregos com carteira assinada, tanto no setor público quanto no privado (5.016.056), Minas Gerais mantém o saldo positivo dos últimos meses.
Debate sobre a taxa de juros
Apesar dos dados positivos, o ministro Luiz Marinho ressaltou que os números de fevereiro vieram sazonalizados, e uma queda na geração de empregos é esperada para março. Ele manifestou a esperança de que a economia continue aquecida para absorver a população subempregada e desempregada, mas voltou a criticar a alta na taxa de juros (Selic), elevada a 14,25% pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Marinho defendeu a necessidade de um “grande pacto de mais produção para conter a inflação”, em vez de focar apenas no aumento dos juros.
Agência Brasil e Agência Minas
