Araxá

Produtora mantém tradição de doces artesanais em Araxá

publicidade

Como é tradição em Araxá, desde muito pequena, a dona Maria Auxiliadora de Oliveira Paiva via a mãe fazendo doces no tacho. Muito nova, ajudava como podia e observava com admiração e atenção. E sempre que possível, aproveitava para comer seus doces favoritos. “Sempre gostei, mas nem sempre sobrava pra gente, porque era muito menino para dividir”, recorda.

Então, desde muito cedo, pegou gosto pela coisa. Mais tarde, já casada, foi nos doces que ela viu uma alternativa para aumentar a renda da família, que vinha basicamente da produção de leite, um mercado que sempre enfrenta crises e oscilações. Começou então com um tacho e as frutas do quintal. “Fazia, vendia e o povo passou a comprar, a gostar e eu comecei a aumentar a produção”, conta.

Seguiu então no ofício e já se vão mais de 30 anos produzindo doces diversos. Sempre ao lado do senhor Astolfo Assis de Paiva, companheiro de uma vida. A renda dos doces sempre foi uma complementação importante, garantiu inclusive a formação dos dois filhos do casal.

Leia Também:  Uniaraxá participa de comemoração ao Dia do Idoso

 

O processo de produção da dona Maria Auxiliadora é bem tradicional e artesanal. Os carros-chefes são os doces de goiaba e leite, mas a produção é variada. Tem doce de figo, laranja, abóbora, mamão, leite com ameixa e até doce de jabuticaba. O segredo para fazer um bom doce, segundo a dona Maria Auxiliadora, é fundamentalmente ter uma fruta de qualidade, sadia. Mas a mão e o carinho de quem produz, com certeza também fazem a diferença.

Assim como o acompanhamento que recebe desde o começo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). Foi graças à Emater-MG que a Maria Auxiliadora fez um curso para aperfeiçoar a técnica, aprendeu mais sobre boas práticas de fabricação e teve ainda toda a assessoria necessária para construir a pequena agroindústria onde produz. “Eu queria muito ter um lugar só pra fazer os doces. A Emater-MG fez a planta pra mim e agora eu tenho aqui tudo separadinho, organizado, melhorou muito”, conta.

Na pequena agroindústria, montada na propriedade, ela faz tudo sozinha, desde o processamento das frutas até a embalagem. E com seu jeito sereno, ela entrega mais que sabor, mas também um pouco da sua história e satisfação em fazer a vida das pessoas mais doce. “Só tenho gratidão. Fico feliz do povo comprar, voltar, querer mais. Eu fico feliz com isso”.

Leia Também:  Saúde registra anomalia congênita em bebê associada ao Oropouche

>> CLIQUE AQUI E PARTICIPE DO CANAL DO CLARIM NO WHATSAPP

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade