São Gotardo (MG) – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que apurou a morte de uma adolescente de 16 anos, ocorrida em janeiro deste ano, em São Gotardo, no Alto Paranaíba. Três profissionais da saúde foram indiciados por envolvimento no caso, que levantou questões sobre a qualidade do atendimento emergencial na unidade hospitalar local.
A investigação revelou que a jovem ingeriu voluntariamente uma grande quantidade de medicamentos controlados, o que resultou em um quadro clínico grave que exigia intervenção imediata. Inicialmente levada à unidade de pronto atendimento, ela foi liberada pelo médico plantonista, mesmo após relatar ter ingerido cerca de 36 comprimidos. Horas depois, a adolescente retornou ao hospital em estado grave, com convulsões intensas, e não resistiu.
Negligência e falhas sucessivas
Os levantamentos da Polícia Civil, que incluíram oitivas de testemunhas e análises técnicas, apontaram falhas sucessivas nos atendimentos prestados à jovem.
Com base nas evidências, três profissionais da saúde foram indiciados:
- Um médico foi indiciado por homicídio doloso (dolo eventual), em razão de sua conduta negligente ao liberar a paciente precocemente, apesar da gravidade do caso.
- Outro profissional foi indiciado por homicídio culposo, devido a uma falha técnica durante o procedimento de intubação, que teria atrasado a estabilização da vítima.
- Um terceiro profissional foi indiciado por omissão de socorro, por ter recusado a admissão da adolescente em uma UTI sob justificativa burocrática, ignorando a gravidade de seu estado de saúde.
O relatório final do inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as providências legais cabíveis.
Ascom PCMG






























