A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta terça-feira (11/11), a Operação ABCZ em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O objetivo é desmantelar um grupo criminoso investigado por fraudar o sistema contábil de uma associação pecuarista sediada na cidade, causando um prejuízo financeiro estimado em R$ 1,1 milhão.
Os crimes investigados incluem estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa.
Cerca de 35 policiais civis cumpriram dez mandados de busca e apreensão expedidos contra o núcleo operacional financeiro do grupo. Durante a operação, foram apreendidos celulares, notebooks, chips, pen drives e outros aparelhos eletrônicos. Este material será submetido à análise do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).
Prejuízo e sequestro de bens
O delegado Eduardo Garcia, à frente das investigações, revelou detalhes do esquema. “Descobrimos, ao longo das investigações, que essa organização criminosa atuou entre o período de 2024 até junho de 2025, ocasionando um prejuízo financeiro em torno de R$ 1,1 milhão”, afirmou.
Devido à dimensão da fraude, a Justiça deferiu o sequestro de bens, valores e direitos dos suspeitos até o montante do prejuízo apurado.
O esquema criminoso
As investigações tiveram início em julho deste ano, após uma denúncia formalizada pelo setor jurídico da associação. O caso foi encaminhado à equipe da PCMG em Uberaba, que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A documentação financeira apresentada demonstrou um elaborado esquema contábil para lesar a instituição.
Entre os investigados está um ex-colaborador do setor de contabilidade. Segundo o delegado Eduardo Garcia, o suspeito é apontado como responsável por mapear as prestações de serviços e descobrir uma falha no sistema de confecção e conferência de notas fiscais, o que deu origem à fraude.
O modus operandi consistia na criação de pessoas jurídicas recém-constituídas – as chamadas empresas de fachada – que emitiam documentos fiscais fraudulentos (notas frias) à associação vítima. Esse processo gerava um segundo pagamento por um serviço que já havia sido efetivamente prestado.
As investigações prosseguem.
Fonte: Ascom PCMG
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