Justiça

Polícia Civil e MPMG desmantelam esquema de milícia em Minas Gerais

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil deflagraram, na manhã desta quinta-feira, 4 de setembro, a Operação Guardiões de Areia, que cumpre 33 mandados judiciais contra uma organização criminosa investigada por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de milícia na Zona da Mata mineira. A ação mobilizou cerca de 70 policiais e sete promotores de Justiça.

As investigações, conduzidas pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apontam que três investigadores da Polícia Civil formaram uma milícia armada para favorecer uma empresa de mineração em Teixeiras, no interior do estado. O grupo criminoso, que contava com um assessor parlamentar para intermediar pagamentos, utilizava empresas de fachada em nome de “laranjas” para ocultar o recebimento de propina.

Além disso, a operação apura a existência de uma rede de agiotagem e lavagem de capitais na região. Três empresários da cidade, que atuavam no esquema, movimentaram mais de R$ 30 milhões em aproximadamente cinco anos. Há indícios de que o grupo também praticou fraudes em licitações e contratos com a prefeitura de Teixeiras, buscando estabelecer um “poder paralelo” na região, com uso de violência e ameaças.

Entre os investigados estão, além dos policiais civis, um assessor parlamentar, três empresários, um contador, um ex-escrivão e outros profissionais.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. Três investigados foram afastados de cargos públicos e tiveram o porte de arma suspenso, e três estão sob monitoramento eletrônico. Até o momento, a operação apreendeu R$ 106 mil em espécie, 740 folhas de cheque, além de armas, documentos e dispositivos eletrônicos.

Ministério Público de Minas Gerais
Assessoria de Comunicação Integrada

 

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