O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Passos e da 1ª Promotoria de Justiça de Piumhi, deflagrou nesta terça-feira, 21 de outubro, a “Operação Sanare”. A ação visa combater um esquema de desvio de recursos da saúde no Consórcio Público Intermunicipal da Microrregião de Piumhi.
A operação, que contou com o apoio de batalhões da Polícia Militar de Minas Gerais (12º e 63º), cumpriu três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Piumhi e Bambuí.
Evidências e bloqueio milionário
Segundo as investigações, foram constatadas diversas práticas administrativas irregulares que configuram crimes graves. Entre as evidências mais chocantes estão vestígios de documentos queimados e fragmentados, incluindo prontuários médicos e registros financeiros do consórcio.
A Justiça acatou os pedidos do MPMG e determinou o bloqueio de valores dos investigados no montante de R$ 4,5 milhões, além da quebra de sigilos bancário, fiscal e de dados dos dispositivos apreendidos.
O esquema criminoso envolvia a criação de senhas bancárias para pagamentos indevidos e a contratação de empresas de fachada. O impacto direto das ações criminosas foi sentido no atendimento médico-hospitalar da população de pelo menos 11 municípios consorciados.
Como medida cautelar, o MPMG também obteve a suspensão das atividades econômicas de cinco empresas utilizadas para a execução e ocultação dos crimes. Quatro investigados também receberam medidas cautelares diversas da prisão.
A operação mobilizou quatro promotores de Justiça e 44 policiais militares. O nome “Sanare” vem do latim e significa “curar”, sugerindo a intenção de sanear o sistema de saúde.
Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada/MPMG
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